Política

Greve: Bloco de Esquerda apoia reivindicações dos trabalhadores da Águas do Algarve

 
Os trabalhadores da empresa Águas do Algarve estiveram esta quarta-feira em greve. Uma delegação de cerca de 40 trabalhadores marcou presença em frente à sede, em Faro, manifestando o seu protesto pela situação atual e exigindo o reinício de negociações com o sindicato.

Segundo o Bloco de Esquerda, «enquanto permanece a incerteza sobre aumentos do tarifário neste ano, penalizando ainda mais os consumidores, os trabalhadores do Grupo Águas de Portugal têm os salários e as carreiras quase estagnados. No entanto, só entre 2018 e 2021, a empresa obteve lucros de mais de 415 milhões de euros», adianta em comunicado.
 
Os trabalhadores exigem aumentos salariais, desenvolvimento das carreiras, atribuição do subsídio de penosidade, insalubridade e risco, transparência e informação prévia nas escalas e nos horários, fim nas desigualdades arbitrárias de salários e direitos entre trabalhadores com as mesmas funções, admissão de mais trabalhadores, entre outras reivindicações.
 
O Bloco diz que na concentração foram dados exemplos de trabalhadores há quinze e mais anos sem aumentos, nem progressão, bem como das carências de pessoal.
 
O partido explica que durante a greve, os dirigentes sindicais resumiram o posicionamento da administração e as reivindicações laborais, tendo sido aprovada unanimemente pelos trabalhadores uma resolução que foi entregue à administração, numa reunião realizada de seguida, com o sindicato.
 
Após a reunião, a delegação sindical informou os trabalhadores de que, «ao contrário de anteriormente, os elementos da administração da Águas do Algarve manifestaram-se mais abertos às pretensões dos trabalhadores, chegando até a afirmar a sua concordância com algumas delas. O que levou a risos e exclamações de ironia, por só agora, com a greve e o protesto, chegarem a essa conclusão», lê-se no comunicado.
 
Para a continuação das negociações, o sindicato irá marcar nova reunião com a administração, esperando que «possa ceder mais às reivindicações apresentadas». Caso contrário, tanto o sindicato como os trabalhadores presentes afirmaram a intenção de continuar as ações de luta. Que passarão, desde já, pela participação na greve nacional do setor, no próximo dia 30, e pela manifestação nacional da CGTP convocada para dia 7 de julho.
 
Na concentração, estiveram presentes representantes do Bloco de Esquerda do Algarve.