Sociedade

Greve nacional das cantinas com adesão de 100% nas escolas EB1 de Lagos

A greve nacional convocada para hoje, pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, para todo o setor das cantinas, refeitórios e bares concessionados, está a ter uma adesão de praticamente 100% nas escolas do Ensino Básico do 1.º ciclo do concelho de Lagos, confirma o Sindicato da Hotelaria do Algarve em comunicado.

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Durante o início da greve as trabalhadoras estiveram a protestar junto à Escola EB1 Sophia de Mello Breyner Andresen e em frente à Câmara Municipal de Lagos, onde aprovaram uma moção.
 
Segundo os sindicalistas, os baixos salários, a precariedade, a falta de condições de trabalho e o incumprimento do Caderno de Encargos por parte da Uniself, empresa a quem a Câmara Municipal de Lagos concessionou o serviço de alimentação do 1.º ciclo do ensino básico daquele concelho, são alguns dos motivos que as trabalhadoras apresentam para justificar o descontentamento existente.
 
O sindicato adianta que desde 2003 que a AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, associação patronal que representa as empresas deste setor, recusa a revisão das tabelas salariais sem a retirada de direitos. «A Uniself continua a não cumprir a carga horária mínima que consta do Caderno de Encargos e a Câmara Municipal de Lagos continua a permitir que a situação se arraste, com todas as consequências negativas que a situação acarreta para o rendimento e a saúde destas trabalhadoras e para a qualidade do serviço», lê-se ainda.
 
O Sindicato da Hotelaria do Algarve irá solicitar novamente uma reunião à Câmara Municipal de Lagos para analisar a situação e exigir respostas concretas para a resolução dos problemas existentes.