O Grupo Parlamentar do PCP fez saber que a redução das transferências do Orçamento do Estado para as autarquias tem constituído um obstáculo para que os municípios do Algarve e do Alentejo possam reforçar o seu apoio financeiro à Orquestra Clássica do Sul.
A criação da Orquestra do Algarve, em 2002, dotou a região algarvia de uma estrutura cultural de elevado nível artístico.
Em finais de 2013, a Orquestra do Algarve alargou o seu âmbito territorial ao Alentejo, tornando-se na Orquestra Clássica do Sul.
A Orquestra Clássica do Sul é financiada pelo Ministério da Cultura, por via da Direção Geral das Artes, e por diversos municípios do Algarve e do Alentejo. Obtém ainda receitas provenientes da bilheteira e do mecenato.
A estagnação do financiamento público à Orquestra Clássica do Sul, num período em que esta Orquestra alargou substancialmente o seu âmbito territorial, passando a abranger também o Alentejo, traduz-se numa redução da sua capacidade artística e em sérios constrangimentos ao desenvolvimento do seu projeto artístico, confirma comunicado dos parlamentares comunistas.
O Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio dos deputados Paulo Sá (eleito pelo Algarve), João Oliveira (eleito por Évora) e João Ramos (eleito por Beja), questionaram o Ministro da Cultura sobre a disponibilidade do Governo para reforçar o financiamento da Orquestra Clássica do Sul, permitindo-lhe a consolidação do seu projeto artístico e a melhoria do serviço público que presta às populações do Algarve e do Alentejo.