Sociedade

Hoje é notícia

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, dá hoje posse ao novo comandante-geral da GNR, o tenente-general Rui Veloso, e ao novo diretor nacional da PSP, o superintendente-chefe Barros Correia.

PUB
Os nomes dos dois novos dirigentes foram anunciados em 27 de agosto pelo Governo, que justificou as nomeações com “o facto de o atual responsável da GNR, tenente-general Santos Correia, atingir o limite de idade de passagem à reserva a 31 de agosto e, também, pela circunstância de o responsável da PSP, superintendente-chefe Magina da Silva, ter solicitado a cessação de funções”.
 
O tenente-general Rui Veloso, 53 anos, foi promovido ao atual posto no dia 16 de agosto de 2023 e vai ser o primeiro comandante-geral da GNR oriundo da própria Guarda, até agora comandada por oficiais generais do Exército.
 
A escolha foi saudada pela Associação dos Profissionais da Guarda (ASP/GNR), enquanto a Associação Nacional dos Sargentos da GNR (ANSG) instou o novo Comando a mostrar ações concretas, com novas ideias e abordagens.
 
O superintendente-chefe Barros Correia, 58 anos, ocupa desde 2018 o cargo de secretário-geral dos Serviços Sociais da PSP, tendo exercido as funções de presidente do Grupo de Cooperação Policial da União Europeia durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, comandante regional dos Açores e oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Embaixada de Portugal na República Democrática de São Tomé e Príncipe.
 
Ao reagir à nomeação, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) destacou a “árdua tarefa” que o futuro diretor nacional, o superintendente-chefe Barros Correia, terá pela frente, dado o estado em que se encontra aquela força de segurança.
 
Hoje também é notícia:
 
DESPORTO
 
A seleção portuguesa de futebol começa a preparar a duelo de sexta-feira com a Eslováquia, de apuramento para o Euro2024, com um treino na Cidade do Futebol, em Oeiras.
 
Os 24 jogadores convocados pelo selecionador Roberto Martínez juntam-se durante o dia na ‘casa’ da Federação Portuguesa de Futebol e têm uma sessão agendada para as 18:00, com os primeiros 15 minutos a serem abertos à comunicação social.
 
Antes, às 17:15, igualmente na Cidade do Futebol, um jogador ainda a designar irá falar aos jornalistas em conferência de imprensa.
 
Portugal defronta a Eslováquia, em Bratislava, em 08 de setembro, e, três dias depois, em 11 de setembro, recebe no Algarve o Luxemburgo.
 
Após quatro jornadas, a seleção nacional lidera o Grupo J, com 12 pontos, somando apenas vitórias, à frente da Eslováquia, segunda classificada, com 10, e do Luxemburgo, terceiro, com sete. Bósnia-Herzegovina e Islândia somam três pontos, enquanto o Liechtenstein continua a zero.
 
ECONOMIA
 
A comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa reúne-se hoje com a empresa para debater as condições financeiras do 'lay-off´, durante a anunciada paragem de produção de nove semanas na fábrica de automóveis de Palmela, no distrito de Setúbal.
 
A empresa revelou na quinta-feira que iria haver uma paragem de produção de nove semanas, de 11 de setembro a 12 de novembro, devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia “severamente afetado” pelas cheias que ocorreram no passado mês de agosto naquele país.
 
A administração da fábrica de automóveis da Volkswagen em Palmela anunciou também a intenção de recorrer ao `lay-off´ durante a paragem de produção, mas a CT entende que a empresa tem condições para garantir os rendimentos de todos os funcionários.
 
A CT, que admite ter conhecimento de uma comunicação interna em que a empresa também prevê a rescisão dos contratos de trabalho com os trabalhadores temporários, promete tudo fazer para salvaguardar os direitos de todos os trabalhadores efetivos durante o `lay-off´, bem como para tentar encontrar soluções que permitam evitar o despedimento dos cerca de 100 trabalhadores temporários da fábrica da Volkswagen em Palmela.
 
Apesar de ter anunciado uma paragem de produção de 11 de setembro a 12 de novembro, a Autoeuropa admite que esse período “poderá ser reduzido com o evoluir da solução do problema".
 
INTERNACIONAL
 
Os Presidentes da Rússia e da Turquia reúnem-se hoje na cidade russa de Sochi para discutir a guerra na Ucrânia e o restabelecimento do acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro, compromisso que Moscovo abandonou unilateralmente em julho.
 
Será o primeiro encontro presencial entre Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan após Moscovo ter suspendido a participação na Iniciativa do Mar Negro, um acordo firmado no verão de 2022, também com Kiev, sob os auspícios da Turquia e da ONU.
 
A Turquia está a tentar reavivar o acordo original na esperança de o utilizar como trampolim para negociações de paz mais amplas entre Kiev e Moscovo.
 
A última reunião presencial entre os dois líderes aconteceu em outubro do ano passado, em Astana, mas Erdogan e Putin têm mantido contactos regulares, sendo que o último ocorreu no início de agosto.
 
Erdogan tem sido um interlocutor frequente junto de Putin, que se encontra quase totalmente isolado a nível internacional desde o conflito em curso na Ucrânia.
 
LUSOFONIA
 
A capital do Quénia acolhe a Cimeira Africana do Clima, a partir de hoje e até quarta-feira, o maior encontro de chefes de Estado africanos, ministros, agências das Nações Unidas e parceiros do desenvolvimento, para além do setor privado e de organizações representativas da juventude.
 
Os países africanos são dos mais vulneráveis às alterações climáticas, e neste grupo inclui-se Moçambique, sofrendo secas, inundações, temperaturas extremas e aumento dos níveis do mar, e a Organização Internacional das Migrações (OIM) pediu que deste encontro resultem ações concretas numa “era de migração climática”.
 
Só no ano passado, mais de 7,5 milhões de africanos tiveram de fugir de suas casas devido a desastres internos, e sem uma ação climática eficiente e sustentada, até 105 milhões de pessoas podem ser migrantes internos até final do ano, só em África, diz a OIM.
 
O chefe de Estado do Quénia, William Ruto, sublinhou que as alterações climáticas "não são uma questão do norte ou do sul, mas sim um desafio coletivo que afeta a todos" e face a desastres cada vez “maiores em termos de frequência e intensidade, é preciso uma ação urgente”.
 
SOCIEDADE
 
Os funcionários judiciais voltam hoje às greves, com uma paralisação de um dia convocada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça e o primeiro dia de mais quatro meses de greves típicas, mas também criativas, do Sindicato dos Funcionários Judiciais.
 
“Será uma mistura de greves tradicionais, de dia inteiro, que não serão coincidentes em todo o território nacional, que serão complementadas com greves por juízos, núcleos, distritos ou por municípios, consoante a dimensão dos tribunais” que terão início à hora a que naquele juízo estiver designada a primeira diligência, terminando às 12:00 ou às 17:00, consoante comecem de manhã ou à tarde, explicou António Marçal à Lusa.
 
Estas greves estão programadas para durarem até 31 de dezembro, acrescentou.
 
Já o Sindicato dos Oficiais de Justiça anunciou na passada semana uma greve nacional para hoje, de apenas um dia, mas admitindo vir a agravar a luta “se o Governo mantiver a arrogância governativa que tem evidenciado”.
 
Os sindicatos estimam as diligências já adiadas pelas paralisações num número superior a 100 mil mas, segundo cálculos do SFJ, se forem tidos em conta todos os atos, como citações, notificações e outros, pode ultrapassar os cinco milhões.
 
Lusa