Saúde

Hospitais de Portimão e Faro usam robot para tratar patologias complexas

ULS Algarve
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A Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve realizou, a 20 de novembro, a primeira cirurgia robótica no Hospital de Faro.

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De acordo com nota enviada ao Algarve Primeiro, trata-se «de um passo decisivo rumo à inovação nos cuidados prestados aos doentes na ULS Algarve, assinalando um marco na modernização dos cuidados de saúde na região».

Este sistema de cirurgia foi desenvolvido com o objetivo de disponibilizar a tecnologia mais avançada aos cirurgiões, permitindo tratar patologias complexas com maior precisão e garantindo simultaneamente aos doentes procedimentos menos invasivos e tempos de recuperação mais rápidos, reduzindo o período de internamento hospitalar. "Esta técnica tem uma clara vantagem em relação à técnica aberta. É uma mais-valia para todos", explica Miguel Cabrita, urologista e coordenador da Cirurgia Robótica na ULS Algarve.

"A existência de cirurgia robótica permite uma maior eficácia cirúrgica. O robot possibilita mais precisão no gesto e permite, nas cirurgias mais complexas, que são as oncológicas, que se tenha ganhos imediatos", afirmou Aníbal Coutinho, diretor do departamento de Cirurgia e do Serviço de Urologia da ULS Algarve.

Nota da ULS Algarve regista que, o Hospital de Faro é a segunda unidade hospitalar do sul do país a efetuar a cirurgia robótica, depois do Hospital do Barlavento ter iniciado em abril de 2025. O processo de implementação da cirurgia robótica nestes dois hospitais da ULS Algarve integrou-se no programa de modernização tecnológica do SNS, representando um investimento de 4.1 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Desde a realização da primeira cirurgia robótica, o Hospital do Barlavento, já realizou mais de 50 cirurgias com recurso a essa técnica, num total de 14 prostectomias totais e cerca de 30 cirurgias do estômago, parede abdominal e cólon, pela cirurgia geral. "Os resultados têm sido excelentes e os tempos cirúrgicos têm sido magníficos, explica o médico Aníbal Coutinho, que assegura que após três a quatro meses os ganhos de produção cirúrgica passam a ser evidentes.