Saúde

IGAS concluiu inquérito à morte de homem de 77 anos em VRSA durante a greve no INEM

Foto - INEM (Facebook)
Foto - INEM (Facebook)  
A inspeção-geral da saúde concluiu as investigações às 12 mortes registadas durante greves dos técnicos de emergência pré-hospitalar no outono de 2024 e em três delas associou os óbitos ao atraso no socorro.

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As greves dos técnicos de emergência pré-hospitalar do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em outubro e novembro do ano passado, agravaram os atrasos nos atendimentos.

Nesse período, foram registadas pelo menos 12 mortes que levaram a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a abrir inquéritos para apurar eventuais relações entre os atrasos no socorro e os óbitos.

Entre as 12 vítimas, o IGAS concluiu que a morte de um homem de 77 anos de idade, no concelho de Vila Real de Santo António, no dia 4 de novembro de 2024, se deveu a cardiopatia isquémica aguda – enfarte agudo do miocárdio.

Considerou que o desfecho fatal “era irreversível” já que as manobras de reanimação cardiorrespiratória deveriam ter sido efetuadas de imediato ou, num intervalo de tempo de 5/10 minutos.

Apesar do tempo decorrido entre o contacto telefónico com a Linha 112 e a chegada do socorro diferenciado ao local (35 minutos), a inspeção-geral diz que não houve nexo de causalidade entre o momento da chamada para a Linha 112 e o desfecho fatal verificado, pois entre o acionamento do meio mais próximo e a chegada ao local se ultrapassaria sempre mais do que dez minutos.

O processo foi arquivado.

Algarve Primeiro/Lusa