Família

Importância de dividir responsabilidades entre o casal

 
Uma relação é uma parceria romântica que implica honestidade, justiça, partilha de sentimentos, autoconhecimento de cada uma das partes e responsabilidades.

 
Cada elemento dessa parceria tem de assumir a sua parte na relação para que, em conjunto a vida a dois seja agradável e feliz. Para além dos pontos positivos que iremos apontar, é fundamental ter em conta aquilo que se deve evitar para reduzir as discussões inúteis. Todos sabemos que ninguém gosta de dividir a sua vida e a sua intimidade com alguém que discute por tudo e por nada, razão pela qual é importante ter em conta os “focos de conflito”.
 
Por norma, os casais discutem por causa das tarefas domésticas, pelo que, desde o início da vida a dois, é fundamental acertar quem faz o quê e quando trocam as tarefas para experimentarem algo novo.
 
Se incluirmos esta questão no início da relação, muitos problemas vão ser evitados.
 
O mesmo se passa com o dinheiro. É fundamental que o casal decida como é que se vai organizar com os rendimentos que tem mensalmente e que saiba muito bem quem paga o quê. Quando apenas um elemento da parceria trabalha, já se sabe que terá de ser esse a suportar as despesas, mas quando trabalham ambos, naturalmente que isso tem de ser decidido honestamente para evitar desiquilíbrios e atos de desonestidade.
 
Quando um ganha mais que o outro, tem de respeitar a sua posição e a da sua parceria amorosa, sob pena de a vida a dois se tornar num tormento.
 
Idealmente juntem o dinheiro que é para as despesas fixas e depois vejam o que resta e, em conjunto, decidam como vão fazer essa gestão. Poupar dinheiro mensalmente deve ser uma prioridade que ganha expressão quando o casal se entende nesta matéria. Num casal deve haver abertura para abordar todos os temas com clareza e frontalidade.
 
O mesmo se passa quando há filhos. Ambos os parceiros são responsáveis pela educação e apoio das crianças, por isso, as decisões devem ser tomadas em conjunto e cada parceiro decide, mediante a sua disponibilidade, o que faz nesse sentido.
 
Um ponto-chave para a vida conjugal é a compreensão e o respeito. Um casal que vive com base em críticas e “ataques” mútuos, não vai longe. Uma relação não resiste à falta de respeito, por isso cada um tem de ter em conta que, tudo tem de ser falado e dividido e que não cabe a um dos parceiros a superioridade ao ponto de criticar o outro.
 
Uma relação quer-se em equilíbrio, em igualdade de oportunidades e de responsabilidades, pelo que não faz sentido haver “chefias”, mas sim mais ou menos capacidades para determinadas tarefas que podem ajudar o outro.
 
Nesta dimensão de igualdade, faz todo o sentido que a entreajuda seja um lema dominante da relação, já que isso facilmente orienta todas as ações diárias.
 
Com uma organização diária daquilo que é fundamental para o bem-estar e a qualidade da vida familiar, o casal envolve-se mais nos seus pontos e interesses em comum. Está provado que as tarefas domésticas aproximam os casais e, quando há filhos, todos devem ajudar e participar desde a tenra idade. É divertido, gera um bom ambiente e promove a sensação de que todos trabalham para o mesmo e estão unidos em tornos dos mesmos objetivos.
 
Esta forma de organização permite que estejam todos livres ao mesmo tempo e que os sentimentos ganhem mais expressão e harmonia. Há entendimento, há responsabilidades, todos se sentem importantes e em pé de igualdade, por isso, não deixe de seguir estas dicas, por uma relação que se quer feliz e duradoura.
 
Para finalizar, está provado que, o que mais faz o ser humano feliz é a qualidade da sua relação amorosa, por isso, vale a pena minimizar todos os pontos que podem obstruir essa qualidade e felicidade. A aposta deve ser pesar antes de agir para evitar o conflito. Pensar friamente no que se passa para poder conversar em vez de discutir.
 
Tudo o que se consegue antecipar os resultados, deve ser pensado para ser prevenido e, boa sorte!
 
Fátima Fernandes