A noite chegou com a incerteza, sobre o domínio do fogo que lavra no concelho de Monchique desde esta sexta-feira.
721 operacionais apoiados por 196 veículos estão a tentar debelar o fogo que tem dado muitas "dores de cabeça", aos operacionais desde ontem.
Ao longo do dia de hoje, uma das frentes ficou dominada, mas a outra está mais complicada, devido aos difíceis acessos, tendo os meios aéreos, feito descargas de água, para tentar enfraquecer as chamas, associado à mudança do vento e ao calor que se tem feito sentir.
Esta frente dirige-se para sul, em direção a Monchique.Perto de uma centena de pessoas já foram evacuadas das suas habitações por precaução.
Segundo estimativa do Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, Vaz Pinto, até agora já terão ardido mais de mil hectares de terreno.
As Forças Armadas Portuguesas mobilizaram este sábado para Monchique, cerca de 130 militares, no seguimento da "Declaração da Situação de Alerta" implementada pelo Governo para o período compreendido entre os dias 2 e 6 de agosto. As Forças Armadas informaram em comunicado que "mantêm um efetivo de 2192 militares em prontidão para reagir caso seja solicitada uma resposta operacional de apoio à ANPC".
Os habitantes evacuados pela Proteção Civil, encontram-se por razões de segurança na Escola E.B 2.3. de Monchique, as pessoas acamadas estão na Santa Casa da Misericórdia e outras em casas de amigos ou familiares.
Também hoje o secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Esteves, esteve no local a acompanhar o trabalho operacional e logístico das entidades envolvidas, tendo manifestado todo o apoio por parte do Governo, não só à estrutura da Proteção Civil como ao Presidente da Câmara Municipal de Monchique, pelo "excelente trabalho de articulação desenvolvido" no sentido de debelar as chamas.
