Os operacionais que estiveram no teatro de operações "foram incansáveis", o que permitiu dominar o incêndio no período da manhã, afirmou o segundo comandante, Abel Gomes, em conferência de imprensa em Budens, Vila do Bispo.
O incêndio que chegou os concelhos vizinhos de Vila do Bispo e de Lagos.
Segundo indicou José Gonçalves, presidente da Câmara de Aljezur à agência Lusa pelas 23:35 de sexta-feira, o fogo “não fez muitos estragos” no seu concelho, tendo “ardido algum mato, mas nada de muito relevante”.
As chamas obrigaram à retirada de pessoas de um loteamento no concelho vizinho de Vila do Bispo, por precaução, não havendo registo de casas ardidas, disse à Lusa o presidente da autarquia.
Segundo Adelino Soares, o fogo, apesar de ter passado “perto” de algumas casas, foi controlado pelos bombeiros, que conseguiram “garantir a segurança das habitações”.
O presidente da Câmara de Vila do Bispo adiantou que o loteamento do qual foram retiradas pessoas se situa numa zona conhecida como Monte Rui Vaz, perto de Barão de São Miguel, mas já fora dos limites dessa aldeia.
Notando que a frente de fogo tem “uma área de extensão de 10 quilómetros”, o autarca disse ainda terem ardido autocaravanas e que “um pequeno foco” chegou a passar “além” da Estrada Nacional (EN) 125, mas que foi “logo controlado”.
O incêndio deflagrou na zona da Vilarinha, na freguesia da Bordeira, em Aljezur, mas depressa se alastrou para o concelho limítrofe de Vila do Bispo, tocando também o de Lagos, já que se trata de uma zona “que é confinante com os três concelhos”, indicou Adelino Soares.
Recorde-se que ao início da tarde de ontem, o incêndio chegou a ter três frentes ativas a progredir com “grande intensidade”, e a Proteção Civil deslocou habitantes de casas que estavam na frente de fogo para a Aldeia da Pedralva, uma aldeia rural do concelho de Vila do Bispo que já foi habitada por mais de 100 pessoas, mas cujas 24 casas são usadas, desde 2010, para fins turísticos.
Lusa