Na sequência do incêndio que começou no concelho de Castro Marim, atingindo os concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira, tendo provocado a destruição de milhares de hectares de matos e florestas, ferimentos em três bombeiros, deslocação de pessoas, destruição de habitações, morte de animais, perda de biodiversidade e prejuízos diversos que estão ainda por calcular, o Secretariado da DORAL do PCP, manifesta "a mais profunda solidariedade" para com as populações atingidas.
Em comunicado, o partido diz ser, "indispensável" que o Governo assuma desde já o compromisso de assegurar os apoios necessários para a reposição de habitações, explorações agrícolas, hortas e equipamentos perdidos, mas também que assegure ajudas ao rendimento perdido, e para a reconstituição do potencial agrícola e florestal.
Para o PCP, este incêndio revelou, "uma vez mais, é que apesar dos sucessivos anúncios e das inúmeras alterações legislativas", entre as quais se encontra a "maior reforma da floresta", de que falava o anterior Ministro da Agricultura, continua a bastar uns dias de maior calor para serem incontornáveis incêndios de grande dimensão, defendendo o ordenamento urgente da floresta e do mundo rural, com rendimentos para os proprietários - nas espécies autóctones.
Assinala ainda a importância de "uma outra política para a floresta", nomeadamente, serviços públicos, investimento público e preços justos à produção agrícola e florestal, opções nacionais no Plano Estratégico da PAC para o apoio preferencial à agricultura familiar e ao mundo rural do minifúndio, a adoção de políticas que garantam, em contraposição à lógica capitalista, o apoio efetivo a produções e produtores que aí encontrem fonte de rendimento e compensação da sua atividade e não o incentivo para que as abandonem a favor de fileiras como a do eucalipto, explica.