De acordo com a Universidade do Algarve, este financiamento "altamente competitivo" teve uma taxa de sucesso de apenas 4,78% e representa um investimento total aproximado de 320.100 €, dos quais 115.500 € são destinados diretamente à investigação, sendo o valor remanescente alocado à consolidação de uma posição independente no ABC-RI/UAlg.
Conforme explica a academia, o projeto financiado pretende explorar um novo mecanismo de toxicidade em doenças neurodegenerativas raras, "focando-se nas ataxias espinocerebelosas tipo 2 e 3 (SCA2 e SCA3)". A abordagem proposta integra três fases complementares: (1) validação da toxicidade mediada por eNMDAR em modelos animais de doença; (2) avaliação terapêutica de um inibidor farmacológico de nova geração; e (3) análise translacional entre modelos animais e doentes, através de ferramentas de análise de movimento assistidas por inteligência artificial.
O objetivo final passa por desenvolver estratégias de diagnóstico e tratamento em doenças neurodegenerativas raras.
Como sublinha o investigador: “Este apoio da Fundação ‘la Caixa’ permite-me consolidar uma linha de investigação independente em neurodegeneração no Algarve, aliando modelos pré-clínicos, tecnologia de inteligência artificial e uma forte componente translacional com doentes. O objetivo é aproximar-nos de terapias mais eficazes para doenças raras que, apesar de pouco frequentes, têm um enorme impacto nas pessoas e famílias afetadas.”