Não sendo um problema diretamente relacionado com a Câmara Municipal, Isilda Gomes disse ter trocado mensagens com a ministra da Saúde no último domingo, «fiz-lhe sentir esta minha preocupação e a vontade de ver esta situação resolvida».
Nesse contacto, a edil avançou ao nosso jornal que a ministra transmitiu «alguma tranquilidade, e que se está a apostar em tudo o que é possível para ultrapassar estas questões».
Isilda Gomes realçou que, «a autarquia de Portimão está disponível para ceder algumas coisas, no sentido de criar atratividade para os médicos, como é o caso da habitação, uma questão importante e que pode fazer a diferença».
A autarca assume que a carência de obstetras e a carência de pediatras de neonatologia é um problema do país, «trata-se de um problema estrutural».
A responsável afirmou que tem feito sentir «a toda a gente» a sua preocupação em resolver o problema, «mas sinceramente nem sei como é que isto se resolve. Os médicos estão a fugir para o privado, abrem-se concursos e ninguém quer vir trabalhar para o Algarve, oferece-se 50 euros por hora e, ainda assim, os médicos não aceitam… é um problema para o qual não sei como dar resposta».
Nas mesmas declarações, a autarca registou que, «o Hospital de Portimão tinha muita qualidade até ter ocorrido a fusão com o CHUA, pelo que nem sei se não se deveria repensar esta fusão».
Colocando a hipótese de se voltar a separar os dois hospitais de Faro e Portimão, Isilda Gomes diz não saber quais são as soluções, mas que se tem de pensar no assunto, «temos de colocar todas as questões sobre a mesa e, em conjunto com o Governo, encontrar uma solução de fundo que permita garantir à população os cuidados básicos de saúde».
«É tempo de nos despirmos de preconceitos e de colocarmos tudo em causa. Temos de colocar todas as possibilidades sobre a mesa». A Presidente da Câmara de Portimão diz não entender a razão pela qual «o Hospital de Portimão era uma referência antes do CHUA; por que razão deixou de o ser? Penso que temos de ver a raiz do problema para que o possamos resolver e eu estou disponível para dar o meu contributo no que for necessário».