Cultura

João Chagas Aleixo vence 1ª edição do Prémio de Investigação Professor Joaquim Romero Magalhães

 
A iniciativa pretende incrementar a investigação histórica concelhia e distinguir jovens investigadores que, no futuro e neste contexto, apresentem trabalhos merecedores de destaque sobre o património de Loulé. Em simultâneo pretende ser mais uma homenagem do Município a um ilustre louletano que se destacou na investigação histórica e do ensino.

O trabalho “A migração de Andaluzes para a vila de Loulé, entre 1850 e 1914”, da autoria de João Chagas Aleixo, foi o vencedor da 1ª edição do Prémio de Investigação Professor Joaquim Romero Magalhães, cuja cerimónia de entrega decorreu no passado sábado, no Arquivo Municipal de Loulé.
 
Licenciado em História (2008-2011) e mestre em História Contemporânea (2012-2014), ambos os títulos concedidos pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em 2014 João Chagas Aleixo foi convidado para Investigador Integrado do Instituto de História Contemporânea.
 
Tem trabalhado essencialmente temáticas relacionadas com a História Local (de Loulé) e com a História Regional (do Algarve). Têm constituído objeto das suas investigações temas como a história da religiosidade popular no Algarve, a história do culto a Nossa Senhora da Piedade em Loulé ou a história da vida e da obra do poeta António Aleixo. 
 
Trabalhou em colaboração com várias instituições e organismos sediados na região, como a Direção Regional de Cultura do Algarve, Câmara Municipal de Loulé, Fundação Manuel Viegas Guerreiro e Paróquia de S. Sebastião. É autor de “Mãe Soberana. Estudos. Ensaios. Crónicas” (2016), “António Aleixo: a Construção, a Maturidade e a Imortalidade do Poeta,” (2013) e Ensaios Aleixianos (2011).É ainda coautor, ao lado dos fotógrafos, Fernando Mendes, Luís da Cruz e Vasco Célio, da obra “Mãe Soberana. A Força do Amor”.
 
O júri, composto por três conselheiros científicos da Revista Al-‘Ulyà – José Carlos Vilhena Mesquita, Luís Miguel Duarte e João Pinto Guerreiro – decidiu ainda atribuir duas Menções Honrosas. A Marco de Sousa Santos, com o trabalho ”A história do Lobo no termo de Loulé (séculos XVI a XIX)”, e a Nuno Manuel dos Santos Loureiro, autor de “Carta agrícola e florestas do Concelho de Loulé no início do século XX – Memória explicativa e descritiva”.
 
Neste edição inaugural do galardão, que teve de ser adiada devido ao contexto pandémico, o Município acrescenta em comunicado, que foram recebidas 5 candidaturas, sendo que 2 delas foram excluídas por não se encontrarem em conformidade com o regulamento.
 
Durante esta sessão estiveram presentes algumas personalidades do contexto cultural e do mundo académico algarvio, como a diretora regional da Cultura, Adriana Nogueira, ou o reitor da Universidade do Algarve, Paulo Águas. Em representação do patrono do prémio que é também patrono do Arquivo Municipal de Loulé esteve o seu filho, Tiago Magalhães.
 
No dia em que foi lançado ainda um novo número (o Nº23) da publicação que está na base deste prémio, a Revista Al-‘Ulyà, um dos seus colaboradores e docente da UAlg, Luís Filipe Oliveira, apresentou esta edição, dedicada na íntegra aos participantes e candidatos ao prémio. Por seu turno, na sua intervenção, Pedro Serra, diretor da revista, falou dos motivos que levaram o Município a instituir este galardão e a ligação ao trabalho desenvolvido no âmbito da Al-‘Ulyà.
 
Já o presidente Vítor Aleixo, na conclusão dos trabalhos, falou da importância da investigação e do património histórico-cultural para a Autarquia a que preside e do apoio que tem sido dado aos investigadores, sobretudo através do Arquivo Municipal e do Museu Municipal de Loulé.