Foi na freguesia de Paderne que decorreram as atividades que assinalaram o arranque do ano letivo em Albufeira.
José Carlos Rolo aproveitou a oportunidade para agradecer a todas as entidades (Ministério da Educação, Agrupamentos e Juntas de Freguesia) que, juntamente com a Autarquia, trabalham em estreita articulação "para que a Educação no concelho seja um sucesso", tendo sublinhado que não pretende interferir na ação das escolas, mas dar um contributo efetivo para que tudo corra bem.
O autarca evidenciou que, "a nossa obrigação legal passa por garantir a construção e manutenção dos equipamentos, a colocação de pessoal não docente, a alimentação e os transportes escolares, no entanto enquanto Município pertencente à rede das cidades educadoras somos extremamente sensíveis à problemática da educação e consideramos que temos a obrigação moral de disponibilizar atividades que facilitem o enriquecimento curricular e o desenvolvimento pessoal das nossas crianças".
Na mesma ocasião, o autarca apresentou o Plano de Atividades Educativas do Município para o ano letivo 2019/2020, onde constam todas as atividades programadas pelas diferentes unidades orgânicas da Autarquia, entre as quais deu destaque às Comemorações dos 500 Anos da Morte de Leonardo da Vinci, ao I Festival de Estátuas Vivas de Albufeira, no final do mês de setembro, e à candidatura do Município, juntamente com Loulé e Silves, a Geoparque Mundial da Unesco, projeto que espera ver concretizado dentro de três a quatro anos.
O presidente informou que o ano letivo começou com alguns problemas devido à falta de capacidade para abranger todas as crianças ao nível do pré-escolar, bem como à necessidade de recorrer a salas pré-fabricadas em algumas escolas e Jardins de Infância; situação que pretende ver resolvida no próximo ano com novos investimentos que passam pela construção de um novo Jardim de Infância com cinco ou seis salas e a ampliação das Escolas Francisco Cabrita e Diamantina Negrão.
A receção à comunidade educativa contou também com a presença de Cristina Veiga Pires, da Universidade do Algarve, Diretora Científica do processo de candidatura ao Geoparque Algarvensis – Loulé, Silves, Albufeira que sublinhou que o projeto não passa apenas por questões ligadas à biologia e à geologia. "o Geoparque é tudo o que inclui o território:cultura, linguagem, hábitos, artesanato, daí a importância de incluir todas as pessoas e, dentro destas, as crianças são as primeiras a passar a palavra e a perceber que os recursos naturais são importantes, que uma vida sustentável é importante".
É isso que o Geoparque pretende – o desenvolvimento sustentável para o território que está a ser trabalhado, justificou. Com uma plateia privilegiada para fazer passar a mensagem, aproveitou para desafiar os educadores e professores presentes a partilharem o seu conhecimento e a alinharem as suas experiências com o Geoparque "seja através de uma canção, de um desenho ou de uns cálculos do território". Referiu, ainda, que o Geoparque está aberto a receber perguntas e a promover concursos, aproveitando para anunciar a criação de um site para o efeito, que poderá estar disponível já no próximo mês de dezembro.