Sociedade

José Mendes Bota recebeu Prémio "Maria Veleda" com promessa de mudar mentalidades

 
 
O Cine-Teatro Louletano recebeu este sábado, a cerimónia de entrega da 4ª edição do Prémio "Maria Veleda" 2017, a José Mendes Bota.

 
O Prémio Regional «Maria Veleda» é uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Algarve, que se propõe destacar e reconhecer a atividade cultural de personalidades algarvias.
 
Segundo a Direção Regional de Cultura do Algarve, Maria Veleda "foi pioneira na luta pela educação das crianças e pelos direitos das mulheres, pelos ideais de justiça, pela liberdade, pela igualdade e pela democracia, Maria Veleda (1871-1955), pseudónimo de Maria Carolina Frederico Crispim, nasceu em Faro, em 1871, tendo exercido a profissão de professora primária".
 
A atribuição do Prémio deste ano a José Mendes Bota foi deliberado pelos elementos do júri, no passado dia 20 de outubro, constituído por Alexandra Rodrigues Gonçalves, Diretora Regional de Cultura do Algarve, que presidiu à reunião, Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, António Branco, Reitor da Universidade do Algarve (UAlg), Idálio Revez, Jornalista do «Público», José Carlos Barros, Arquiteto Paisagista, Lídia Jorge, Escritora, Mirian Tavares, Professora e Investigadora, Natividade Monteiro, Professora e Investigadora e Paulo Cunha, Professor de Música.
 
Na reunião de avaliação do conjunto das candidaturas recebidas o Júri deliberou distinguir com o Prémio Regional "Maria Veleda" 2017, José Mendes Bota, por reconhecer no seu percurso de vida, "o excecional trabalho, nacional e internacional, desenvolvido no âmbito da cidadania, da ética, da igualdade de género, na dignificação das mulheres, na igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, na defesa dos direitos humanos e na prevenção e criminalização da violência contra as mulheres".
 
Mendes Bota, reconheceu que "há 15 a 20 anos atrás, sentiu-se sozinho, quando abordou os colegas no Parlamento, relativamente à questão da violência doméstica sobre as mulheres".
 
O agraciado referiu que foi Maria de Belém quem o inspirou a bater-se contra este flagelo, mas também, quando na altura do Mundial de Futebol na Alemanha, teve a oportunidade de presenciar como trabalhavam as organizações que exploravam mulheres na prostituição, "onde os homens não só viajavam para ver os jogos, mas também para beber umas cervejas e fazer sexo pago".
 
Uma "grande injustiça" que motivou o político louletano a lutar contra a prostituição e a violência sobre as mulheres.
 
Mendes Bota defendeu que é nas escolas que se devem passar os bons valores, como o respeito pela igualdade de género, exemplificando com os resultados alcançados no que se refere à sustentabilidade ambiental, onde os mais novos "despertaram para a importância da preservação das florestas ou a salvaguarda do meio ambiente".   
 
Refira-se que a cerimónia de entrega do galardão, teve uma dotação de 5.000,00€, e de uma medalha comemorativa, criação e oferta da empresa Nova Cortiça.
 
Devido à impossibilidade de estar presente, o Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, enalteceu o trabalho de Mendes Bota, e de todo o seu percurso político, na defesa de valores e do Algarve, através de uma nota de felicitações, que foi lida a todos os presentes, pela Diretora Regional de Cultura do Algarve, Alexandra Gonçalves.