A Associação de Movimentos Independentes (AMAI) elegeu no fim de semana os órgãos diretivos para os próximos quatro anos, que incluem o algarvio José Vitorino como presidente da assembleia geral, contestando a “discriminação” em relação aos partidos políticos.
Os cerca de 80 participantes na assembleia geral realizada no fim de semana, em Tomar, pediram que “o Presidente da República, a presidente da Assembleia da República ou o provedor de Justiça assumam as suas responsabilidades e solicitem ao Tribunal Constitucional a declaração de inconstitucionalidade” de normas que proíbem o uso de símbolos pelas candidaturas independentes e impõem “regras de financiamento penalizadoras”.
“Há algumas batalhas que temos de travar para que não continuemos a ser discriminados como até agora”, salientou à Lusa o presidente reeleito, Pedro Marques, da Associação Independentes por Tomar, realçando que um dos problemas é o pagamento de 23% de IVA (imposto sobre o valor acrescentado) pelos movimentos independentes quando os partidos estão isentos deste pagamento.
De acordo com Pedro Marques, este ano houve mais movimentos independentes a associarem-se à AMAI.
A associação passou de oito para 11 vice-presidentes e 11 vogais e alargou-se a outros concelhos do país que antes não estavam representados, como Chaves, Cerveira, Marinha Grande, Cascais e Oeiras.
A estratégia da direção da AMAI para o próximo mandato será discutida num encontro que terá lugar a 08 de março, em Tomar.
José Vitorino, do Movimento Salvar Faro com Coração, preside à assembleia geral e Alberto Fróis Santos, do Movimento Independentes por Rio Maior, ao conselho fiscal.