Sociedade

Lagos: lar para deficientes funciona abaixo das capacidades com utentes em espera

Segundo Paulo Sá, deputado do PCP que visitou recentemente a instituição, um lar para deficientes em Lagos tem uma lista de espera de cerca de duas dezenas de utentes que precisam de apoio, e está a funcionar abaixo das suas capacidades.

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Trata-se do  lar residencial do Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos (CASLAS), em Lagos que tem capacidade para receber 40 utentes, mas o acordo com a Segurança Social apenas contempla 30.
 
Para inverter a situação, há cerca de dois anos, a direção do CASLAS apresentou à Segurança Social um pedido para aumentar as vagas no lar, sem sucesso nem sequer uma resposta.
 
Atendendo a que a lista de espera é significativa e que existem cerca de 20 utentes a precisar desse apoio sem possibilidade de integrar o lar, o deputado do PCP Paulo Sá, que visitou recentemente o CASLAS de Lagos, levou o assunto à Assembleia da República. Com vista a saber mais acerca da situação, o grupo parlamentar comunista questionou o Governo, na passada terça-feira através do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, sobre os motivos que levaram a Segurança Social a não responder ao pedido da direção do CASLAS.
 
Segundo Paulo Sá, “esta atitude é tanto mais inadmissível, quando se sabe que existe uma lista de espera com mais de 20 pessoas com deficiência que aguardam uma vaga no lar residencial”.
 
“Ao não dar resposta a este problema, o Governo está a desrespeitar a sua obrigação, consagrada na Constituição da República, de realizar uma política de reabilitação e integração das pessoas com deficiência e de apoio às suas famílias e a assumir o encargo da efetiva realização dos seus direitos”, frisa o deputado do PCP.
 
É de realçar que, o CASLAS dispõe atualmente de várias valências, como jardim-de-infância e creche, lar de infância e juventude, centro comunitário, centro juvenil e unidade de apoio a pessoas com deficiência.
 
Esta última valência está organizada em três unidades distintas e complementares: lar residencial, destinado a pessoas com deficiência motora, de ambos os sexos, dos 16 aos 55 anos, que necessitam de apoio nas suas atividades da vida diária; centro de atividades ocupacionais, que tem como objetivo permitir às pessoas com deficiência motora grave ou moderada realizar um conjunto de atividades que contribuam para melhorar o seu bem-estar; e unidade de reabilitação profissional, que dá resposta ao nível da formação e integração profissional de pessoas com deficiência.
 
A insitutição foi fundada em 1931 e tem como missão prestar apoio aos grupos a que se propõe desenvolver o seu trabalho social.