Evento assinala os 259 anos do Terramoto de 1755. Financiamento e sustentabilidade da reabilitação urbana estarão também em destaque.
A 1 de novembro de 1755, Lagos foi atingida por um terramoto que obrigou a uma profunda reconstrução da cidade. Precisamente 259 anos depois, a cidade recebe o XV Encontro Nacional de Municípios com Centro Histórico, durante o qual vários especialistas debatem a prevenção de risco sísmico e tsunami.
Este é um dos temas em destaque no evento organizado em parceria pela Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico e pela Câmara Municipal de Lagos, com o apoio da empresa municipal Futurlagos, e que se realiza a 30 e 31 de outubro e 1 de novembro.
A manhã do primeiro dia do encontro integra uma visita à Frente Ribeirinha da Cidade de Lagos, que pretende lançar a discussão para o painel que se realiza durante a tarde, cujo tema será o dos conceitos e critérios de reabilitação e salvaguarda. Aqui, a discussão centrar-se-á nos aspectos relativos à vida moderna na cidade antiga, dando especial ênfase nas questões da harmonização entre revitalização e salvaguarda e da compatibilização entre intervenções atuais no tecido edificado tradicional.
O financiamento da reabilitação urbana marca o arranque do segundo dia da iniciativa, que conta com a presença de um membro do Governo, do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e de um representante de uma entidade bancária.
Segue-se uma visita à área envolvente das Muralhas de Lagos, que, à semelhança da visita do primeiro dia, pretende introduzir o debate do painel da tarde, centrado nas questões relacionadas com a gestão sustentada do património.
Além da celebração da efeméride do Terramoto de 1755, o último dia do encontro, 1 de novembro, fica marcado pela abertura oficial do período para apresentação das candidaturas ao Prémio Nacional de Arquitetura “Alexandre Herculano” (PNAAH, edição de 2014/2015).
Está prevista ainda a entrega de “Público Louvor” a Jorge Justino – presidente do Instituto Politécnico de Santarém – e da “Medalha de Ouro da Associação Portuguesa de Municípios com Centro Histórico (APMCH)” a Francisco Lopes, presidente cessante da APMCH.