O Algarve Primeiro falou com Vítor Aleixo, autarca de Loulé, no sentido de saber o que os munícipes podem contar com o executivo para o próximo ano.
Aproveitando a ocasião para «desejar um Novo Ano cheio de concretizações pessoais e familiares», o edil afirmou que «felizmente o nosso concelho dispõe de muita atividade e dinamismo, o que por si só, é uma esperança para todos quantos habitam este território».
Vítor Aleixo destacou como três pilares fundamentais o que o executivo pretende incidir fortemente no próximo ano, sem deixar de referir aquilo que «faz parte do trabalho da autarquia e no qual estamos sempre concentrados, como é o caso das obras que temos em curso».
Nesse sentido, «clarifico que estamos a pôr a tónica para o próximo ano em três áreas fundamentais: a eficiência energética e, isso significa que, este município se coloca na vanguarda no que se refere a uma política de adaptação às alterações climáticas, e que vai olhar para tudo aquilo que é energia numa perspetiva de inovação».
Em segundo lugar, «estamos focados na energia hídrica, com plena consciência de que a água é um bem muito escasso e que temos todo um trabalho a fazer no sentido de melhorar a gestão e financiamento desse recurso fundamental».
Num terceiro ponto, «vamos focar-nos na habitação. Neste momento, a habitação é um problema no país, e Loulé não escapa a essa realidade, constituindo um estrangulamento ao desenvolvimento económico do concelho».
Para Vítor Aleixo, «a habitação é um problema que incide essencialmente nas famílias jovens e naqueles que vivem muito abaixo da dignidade humana. Nesse sentido, chegou a altura de resolver um problema que se arrasta há anos e que temos mesmo de dar resposta com uma estratégia de médio e longo prazo para atacar o problema da habitação».
O autarca sublinhou que, «o executivo de Loulé está há quatro meses a trabalhar em estudos, na identificação de situações e caraterização de realidades familiares e sociais para poder, no primeiro mês do próximo ano, apresentar publicamente uma estratégia de médio prazo para o acesso à habitação».
Destapando um pouco a ponta do véu, Vítor Aleixo disse ao nosso jornal que «se trata de uma estratégia com ‘dois pés’, sendo que um é para resolver a situação das famílias que se encontram abaixo da dignidade humana, com um regime de renda apoiada, e outro será a habitação acessível que se destina à classe média que saiu ainda muito mal da crise e que se confronta com rendas muitas elevadas, não conseguindo suportar um valor mensal superior a 300 euros».
Vítor Aleixo quer «atacar este problema com frontalidade e apresentar os primeiros resultados desta política ainda no final deste mandato, isto porque são muitas as famílias que precisam desta nossa ação no terreno e a autarquia vai criar um plano de médio,longo prazo que permita fazer face a essa realidade».
Sabendo que é um problema que «não se resolve nem rápida nem facilmente», o autarca adianta que, «é altura de o começar a resolver para poder colher os frutos».
O edil louletano recordou ainda as obras que estão a decorrer e que vão continuar para o próximo ano. Nesse sentido, «estamos a trabalhar na manutenção de edifícios públicos, a construir novas estradas e a requalificar as antigas, estamos a planear fazer novos equipamentos públicos como é o caso do espaço cultural na cidade de Quarteira».
Na linha do executivo está também «a construção de um novo equipamento escolar e um equipamento multiusos na Vila de Almancil, vamos ainda apresentar formalmente um dossier de grande ambição para o desenvolvimento do interior com a criação de um Geoparque com a chancela mundial da UNESCO».
Vítor Aleixo adiantou ter «outras intervenções e projetos em curso, uns para o próximo ano, outros para os seguintes», mas que acima de tudo quer que, «os munícipes contem com muita esperança para o próximo ano, contem com muito trabalho por parte do executivo e muita paixão por Loulé».