No passado dia 20 de junho, sexta-feira, o «Prémio Maria Veleda» foi apresentado e divulgado em sessão pública, na Sala de Seminários da Biblioteca Central, da Universidade do Algarve, com a presença da Professora Adriana Nogueira, actual Directora da Biblioteca e da oradora convidada e investigadora Professora Natividade Monteiro.
Coube à Directora Regional da Cultura do Algarve, Alexandra Gonçalves, a apresentação do júri e das suas notas biográficas, bem como o enquadramento dos objectivos e do regulamento associado à iniciativa.
O «Prémio Maria Veleda» é uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Algarve, que propõe destacar e reconhecer a atividade cultural de personalidades algarvias, protagonistas de intervenções particularmente relevantes e inovadoras na região.
Este prémio constitui-se, também, como o contributo desta Direção Regional ao V Plano Nacional para a Igualdade de Género, Cidadania e Não-Discriminação (2014-2017).
Para enquadrar e apresentar a personalidade de Maria Veleda que atribui o nome ao Prémio, foi convidada a Professora Natividade Monteiro que, possui um vasto trabalho de investigação sobre a vida e obra de Maria Carolina Frederico Crispim, cujo pseudónimo é Maria Veleda.
Destacou-se um percurso de vida de uma mulher que sem estudos elevados veio a tornar-se uma das mais influentes do nosso País na luta pela justiça e igualdade de oportunidades entre mulheres e homens, entre os quais o direito ao voto. Foi uma republicana, feminista, conferencista, livre-pensadora e lutadora pelos direitos das mulheres.
A Professora Natividade Monteiro, referiu, ainda, alguns dissabores da vida desta lutadora farense, tal como, a sua condenação devido a um artigo que escreveu, mostrando, no entanto, que a mesma, não se deixando intimidar, continuou a expressar os valores em que acreditava.
Com uma vida repleta de lutas e conquistas, Maria Veleda foi a primeira mulher a pertencer a variados centros escolares e associações, fundou outras tantas e iniciou as aulas noturnas para as mulheres já adultas.
Quando viu os seus textos publicados em jornais, começou a assinar como Maria Veleda, nome escolhido já em função dos seus ideais.
O período de candidaturas decorre até 20 de Setembro e o prémio envolve o valor pecuniário de 5.000 euros.
O regulamento pode ser consultado na página da Direção Regional da Cultura do Algarve em
http://www.cultalg.pt/.