Em declarações ao Algarve Primeiro, o presidente da ACRAL manifestou a importância de existir uma redução mais significativa no preço das portagens da Via do Infante.
Suportado pelos resultados de um estudo das Estradas de Portugal afim de compreender o impacto da redução das portagens na Via do Infante, Álvaro Viegas teme que os 15% acordados pelo Governo não sejam suficientes para retirar trânsito da EN 125.
A partir do dia 1 de Agosto a Via do Infante terá 15% de desconto no valor a cobrar aos utilizadores. Face a esta redução, Álvaro Viegas disse ao Algarve Primeiro que, “não consigo entender a razão pela qual se ficou pelos 15% de desconto, uma vez que, essa redução pode não permitir cumprir o segundo objetivo que é retirar trânsito da estrada nacional”.
O mesmo responsável disse que “não se pode dizer que esse desconto não tenha qualquer impacto. Tem algum impacto, penso é que não será suficiente para atrair mais utilizadores para a Via do Infante.”
Recorde-se que, a ACRAL há muito tempo que defende uma redução de 50% nas portagens tendo a seu favor os dados dos muitos estudos que comprovam que não existe qualquer prejuízo para o Estado com essa redução, visto que o volume de tráfego iria suportar as perdas nas receitas. “Se por razões meramente financeiras, não for possível alcançar esse desconto imediato de 50%, pode-se sempre fazer essa redução de forma faseada: num momento 25% e no outro os restantes.”
Álvaro Viegas suporta-se “em estudos que comprovam que, a redução não dá lugar a uma perda de receita, mas sim a um aumento de receita”, isto porque, “a redução deve conseguir que quem utiliza a Via do Infante pague menos” e, ao mesmo tempo, “que essa redução de preço permita que mais utilizadores optem por evitar a EN125.”
Com o aumento de utilizadores consegue-se responder à redução da receita por cada utilizador, permitindo que se pague menos e se beneficie mais, sublinhou Álvaro Viegas.
