Sociedade

“Falta de orientação estratégica” por parte da administração do CHA leva a demissões

A “falta de uma orientação estratégica visível e motivadora” por parte da administração do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) levou à demissão da adjunta do director clínico, Ana Lopes, e de três directores de departamento desta unidade de saúde, que aprovou agora o seu regulamento interno. Um regulamento que tem suscitado alguma polémica.

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Segundo noticia hoje o "Público", esta tomada de decisão ocorre dois meses depois de Ana Lopes e dos directores dos departamentos de Emergência, Urgência, Cuidados Intensivos, Cirurgia e Medicina terem apresentado a demissão, uma decisão que foi, já em Janeiro, travada pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, depois de uma reunião em Lisboa na qual aqueles responsáveis aceitaram suspender o abandono dos cargos.
 
Agora, as demissões foram formalizadas através de uma curta carta dirigida ao presidente do conselho de administração do CHA, Joaquim Ramalho. Desde o dia 13 de Fevereiro que aqueles profissionais deixaram de assumir responsabilidades a nível da direcção dos departamentos do centro hospitalar.
 
Ao "Público" Ana Lopes, adjunta do director clínico, diz que “nada se alterou”, desde a reunião que tiveram, em Janeiro, com o ministro da Saúde, em relação ao CHA, que integra os hospitais de Faro, Portimão e Lagos e Serviços de Urgência Básica de Loulé, Albufeira e Vila Real de Santo António.
 
“Já não há motivos para continuarmos a assumir as funções que ocupávamos. Desde há cinco anos que não há investimento na compra de equipamentos no Centro Hospitalar do Algarve, que continua a apresentar maus resultados, quer assistenciais, quer do ponto de vista do tempo de espera”, afirmou Ana Lopes, queixando-se de uma “total falta de estratégia” por parte da administração do centro hospitalar.
 
Numa nota enviada ao "Público", o presidente do conselho de administração, Joaquim Ramalho, esclarece que o “Centro Hospitalar do Algarve está, após a homologação do regulamento interno, a proceder à reorganização da sua estrutura interna e, é nesse quadro, que se procederá à reconstituição da equipa de dirigentes intermédios, designadamente a substituição dos dirigentes que apresentaram recentemente a sua demissão”.
 
Algarve Primeiro