Sociedade

“Fast food” poderá pagar mais imposto

Os produtos com excesso de sal, açúcar e gordura estão na mira do executivo que se prepara para criar um novo imposto indireto.

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O primeiro-ministro considera “provável” a hipótese de criar um novo imposto sobre o consumo, neste caso, sobre os produtos menos saudáveis e que prejudicam a população.
 
A par do álcool e do tabaco, também estão na lista os produtos com excesso de sal, gordura e açúcar, onde se inclui a “fast food”, os refrigerantes e as batatas fritas.
 
A intenção não é nova, já que a ideia de taxar estes produtos considerados como “pouco saudáveis” ou “nocivos” para a saúde, vem sendo adiada nos últimos anos.
 
Numa fase em que o Governo precisa de encaixar mais dinheiro, António Costa admite que em 2017 seja criado um novo imposto indireto. 
 
O primeiro-ministro admite vir a lançar mão de um novo imposto indireto, e, entre o leque que tem à sua disposição, há um que avulta: trata-se de um imposto sobre consumos nocivos como as gorduras, o sal e os açúcares, que combine um efeito orçamental com a adoção de hábitos mais saudáveis por parte da população. 
 
A solução não estará fechada – o primeiro-ministro coloca-a no condicional – mas "é provável", diz António Costa, que situa os novos impostos na área do consumo. "É verdade que a tributação sobre o consumo tem um impacto regressivo, mas também depende de que tipo de imposto estamos a falar", adiantou o primeiro-ministro ao Público, para acrescentar que há, contudo, "outros impostos especiais sobre o consumo que dependem de escolhas individuais: produtos de luxo, tabaco, álcool". E quem diz tabacos e álcool diz refrigerantes, batatas fritas, ‘snacks’ ou "fast food", que costumam estar sob a mira deste tipo de tributos.