O homem, natural de Matosinhos, nunca se conformou com o divórcio e, durante dois anos, continuou a perseguir a mulher, a enviar-lhe mensagens ameaçadoras e a colocá-la numa situação de desconforto e medo permanentes.
Na tarde da passada quinta-feira, o homem de 40 anos, deslocou-se ao estabelecimento onde a mulher trabalhava e disparou contra a vítima com tiros de caçadeira.
A mulher natural dos Açores, ainda foi levada com vida para o Hospital de Faro, mas devido à gravidade dos ferimentos acabou por morrer.
O Algarve Primeiro apurou junto de testemunhas no local que, antes de disparar, o homicida disse “alto e bom som”: “queres o divórcio queres”? e sem olhar a meios para atingir os fins, acabou por disparar dentro do estabelecimento onde se encontravam vários clientes.
Recorde-se que o café/restaurante se situa perto do edifício da Segurança Social em Faro e que, pela sua localização, é um espaço muito frequentado, o que não impediu a tragédia nem a fúria do agressor.
O homem deslocou-se propositadamente a Faro para consumar o crime, que segundo testemunhas no local, aconteceu ao início da tarde, percebendo apenas as últimas palavras do homem quando se dirigiu à vítima.
Nesta fase, a vítima tinha refeito a sua vida com outra pessoa, motivo que terá renovado a fúria do agressor inconformado com a separação.
Mais uma vez é o ciúme, a posse e a incapacidade de lidar com a separação que ceifa a vida a mais uma mulher no nosso país.
Recorde-se que, este ano, a capital algarvia já registou um caso semelhante onde a sogra que ía proteger a filha, acabou por ser o alvo da ira do homicida.
Este é mais um crime a engrossar as estatísticas da violência doméstica em Portugal.
Esta mulher de 31 anos, perdeu brutalmente a vida por querer colocar um ponto final na relação.
Ângela refez a vida na cidade algarvia, mas foi descoberta e assassinada no café onde trabalhava.
O homicida foi detido pela PSP e a investigação está a cargo da Polícia Judiciária.