O Bloco de Esquerda dedicou o dia de ontem ao problema da habitação e exigiu um programa de habitação pública que pressione para a redução das rendas de mercado.
Sandra da Costa, candidata nº 3 da lista do Bloco de Esquerda lembrou que o Algarve tem as rendas mais caras do país a seguir a Lisboa e as remunerações médias mensais mais baixas.
Chamou ainda a atenção para o facto de estas rendas inviabilizarem a permanência de muitos jovens no Algarve e impedirem a atração de Médicos, Enfermeiros, Professores e outros profissionais qualificados. «A especulação e os apetites imobiliários sobrepõem-se aos planos de ordenamento do território, degradam o ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos, prevalecendo os interesses privados sobre o interesse público», considerou.
Deu o exemplo da Fuseta, «onde se constroem apartamentos de luxo na zona protegida da Ria Formosa e se ocupa o espaço público, com a conivência dos poderes políticos. A criação da Região Administrativa do Algarve constituirá uma alavanca fundamental para a defesa e valorização da região, impedindo os diversos atropelos ao ambiente e ordenamento do território», assumiu.
João Vasconcelos, atual deputado e mandatário da candidatura, recordou que a criação das Regiões Administrativas encontra-se plasmada na Constituição desde 1976 e que o Bloco sempre a defendeu. Um dos compromissos do partido é a criação da Região Administrativa do Algarve na próxima legislatura, «fundamental para responder a problemas como a habitação, transportes, serviços públicos, desenvolvimento económico ou ambiente», declarou.