Política

Legislativas: Bloco exige mais investimento na investigação e em residências para estudantes no Algarve

José Gusmão manifestou-se a favor de um reforço da política de investigação no Algarve.

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O candidato do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Faro, nas próximas eleições legislativas, avançou que o financiamento da investigação na região está muito abaixo da média nacional, sendo «um dos muitos fatores que prejudicam a fixação de jovens qualificados no Algarve». Chamou ainda a atenção para a importância de garantir compromissos de financiamento plurianual às universidades e centros de investigação que deem previsibilidade e estabilidade aos  profissionais, aos projetos de investigação e às próprias entidades.
 
O candidato esteve reunido com o Reitor e Vice-Reitor da Universidade do Algarve e com o diretor e vários investigadores do Centro de Ciências do Mar. José Gusmão discutiu com o Reitor os projetos de residências previstos e a sua importância no contexto de uma universidade «que tem muitos estudantes deslocados e está inserida na segunda região com rendas mais caras do país».
 
Na visita ao CCMAR, José Gusmão contactou com vários investigadores que apresentaram projetos atualmente em curso em áreas como o estudo, proteção e repopulação de espécies (corais,  pepinos do mar, cavalos marinhos e outras), impactos da poluição, nomeadamente dos microplásticos ou reprodução e nutrição no contexto da aquacultura. Apesar de o CCMAR ter merecido o estatuto de Laboratório Associado e da variedade de projetos e do caráter aplicado de vários deles, José Gusmão ouviu do diretor do Centro várias preocupações respeitantes ao financiamento da instituição.
 
O candidato do Bloco sublinhou a importância de uma articulação entre uma proposta para o desenvolvimento económico da região, as empresas, as autarquias e as universidades e centros de investigação. «Não é possível diversificar a atividade económica do Algarve e introduzir atividades económicas com maior valor acrescentado, se não se conseguir fixar e mobilizar a massa crítica necessária para essas transformações». Afirmou também que investigação é «um investimento fundamental em que o Algarve tem sido sistematicamente preterido», assinalou.