Política

Legislativas: CDU diz que requalificação do porto de pesca da Baleeira continua «sem sair do papel»

 
A primeira candidata da CDU pelo Algarve, nas próximas eleições legislativas, visitou esta quinta-feira os concelhos de Aljezur e Vila do Bispo, tendo contactado com trabalhadores das duas autarquias e visitado vários estabelecimentos do comércio local.

Durante a tarde, Catarina Marques fez uma visita ao porto de pesca da Baleeira em Sagres, onde teve a oportunidade de contactar com pescadores e confirmar que, «pese embora as sucessivas denúncias do PCP e das muitas promessas do Governo, as condições de segurança daquele porto continuam por ser asseguradas». 
 
A representante da CDU constatou que o cais flutuante, inaugurado a 7 de setembro de 2018, encontra-se quase totalmente inoperável, «funcionando agora, sem a ponte de acesso, como uma ilhota, onde alguns pescadores depositam algumas das artes de pesca», não dando resposta «à muito necessitada reabilitação das pontes-cais do porto da Baleeira». Quanto à reabilitação da ponte-cais Sul, «promessa que se arrasta há muitos anos, a mesma não foi iniciada quando o Governo se comprometeu com a sua conclusão no início de 2021. A zona de arrumos de aprestos, continuam a carecer de contentores de dimensão adequada ao armazenamento das artes de pesca», lê-se na nota enviada à comunicação social.
 
A candidata da CDU referiu junto dos pescadores, que «as promessas são muitas mas os investimentos previstos por parte da Docapesca continuam sem sair do papel. É este o estado da arte num setor que deveria e poderia ser estratégico para o nosso país como é a pesca. Portugal, apesar das enormes potencialidades para o desenvolvimento da pesca, é um país deficitário em peixe. E não deveria ser assim», criticou.
 
Catarina Marques falou ainda da necessidade de se requalificar as barras e portos algarvios, apoiar o setor, «valorizando quer os rendimentos dos armadores quer os salários dos pescadores». Defendeu que «numa atividade sujeita a tanta incerteza«, sejam garantidas condições de segurança «e um rendimento estável a estes homens que enfrentam todos os dias o mar e que por vezes também ficam em terra».