Sociedade

LOULÉ:“Casa da Empreita” e “Oficina de Caldeireiros” não deixam "fugir" antigas artes algarvias

Após um período experimental de funcionamento da “Oficina de Caldeireiros” e da “Casa da Empreita”, o Município de Loulé assinou acordos de cooperação com os artesãos e artesãs que lhe estão associados.

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Segundo indica nota da Câmara Municipal de Loulé, esta é mais uma ação integrada no projeto “Loulé Criativo” na senda da valorização da identidade do território, apoiando a formação e atividade de artesãos e profissionais do sector criativo, contribuindo para a revitalização das artes tradicionais 
 
A Câmara Municipal de Loulé reforçou, desde há cerca um ano, o trabalho que tem vindo a desenvolver na valorização de saberes associados a atividades artesanais que contribuíram para construir a identidade do Concelho e em alguns casos com relevante peso na economia local. 
 
Na "Casa da Empreita" estão doze artesãs que trabalham e comercializam o que produzem, entrelaçando a palma, cosendo e ligando cada um dos seus ramais, produzindo variadas peças: sacos, alcofas, capachos, peças de formato mais tradicional ou inovador. 
 
Também os sons do martelar no cobre e no latão - produção manual de peças mais tradicionais, mas sempre atuais, como tachos, caçarolas, cataplanas e de outros objetos imaginados e criados para responder aos gostos e necessidades do presente - voltaram a poder ouvir-se, com a abertura da “Oficina de Caldeireiros “, onde trabalham cinco caldeireiros, no mesmo espaço onde no passado funcionou a “Caldeiraria Louletana” com o mestre Ilídio António Marques. 
 
A “Oficina de Caldeireiros” localiza-se na Rua da Barbacã, a “Casa da Palma” na Rua Vice Almirante Cândido do Reis, ambas em espaços disponibilizados pelo Município, para que artesãos em cooperação ali possam produzir e comercializar o que produzem, cumprindo um conjunto de requisitos que garantem a autenticidade e valorizam os saberes e práticas que cada peça incorpora. 
 
As duas oficinas, localizadas no Centro Histórico de Loulé, integram-se no Loulé Criativo e em particular, na rede de espaços que a breve prazo contarão também com os edifícios em recuperação para funções similares e complementares ao destas oficinas – uma antiga olaria e o Palácio Gama Lobos que passará a constituir-se como um centro de criatividade, confirma a autarquia em nota de imprensa.