Malformação de Arnold-Chiari

A Malformação de Arnold-Chiari, consiste numa doença rara e congénita do sistema nervoso central, localizada na fossa posterior da base cerebral.

 
Esta malformação possui uma gama diversificada de sinais e sintomas sendo que as principais consistem em alterações na estrutura do tronco cerebral e algumas vezes acompanhado de hidrocefalia. 
 
Descrição: 
 
A forma mais grave desta patologia consiste na herniação da porção posterior do cerebelo e do tronco cerebral através do foramen magnum, impedindo que algumas partes do cérebro alcancem o canal da medula espinhal comprimindo-a. 
 
Diagnóstico: 
 
Para se confirmar o diagnóstico, realizam-se exames, sendo que, por norma a escolha recai sobre a ressonância nuclear magnética. 
 
Relativamente ao Chiari tipo 1, trata.se de uma malformação do crânio que acontece na altura da junção entre o pescoço e a cabeça. Ocorre quando uma parte do encéfalo designada por cerebelo, entra no canal vertebral. 
 
Esta deformidade está relacionada com um problema na circulação do líquido céfalo-raquidiano (líquor), uma vez que, este líquido envolve todo o sistema nervoso central, no crânio e no canal vertebral e, quando há um distúrbio da sua circulação, pode ocasionar uma série de sinais e sintomas. 
 
É de realçar que, esta síndrome pode aparecer também em pessoas que não apresentem qualquer deformidade, como resultado de outras doenças, no entanto, a forma mais comum é a congénita que acomete principalmente as mulheres. 
 
Os sintomas costumam aparecer na fase adulta entre a terceira e quarta décadas de vida e os mais comuns são: dor cervical, dor de cabeça intensa, fraqueza muscular, dormência ou alteração da sensibilidade nos membros e dificuldade de equilíbrio. 
 
Outros sintomas que podem surgir são: vertigem, distúrbios visuais, zumbidos, dificuldade para engolir, palpitação, apnéia do sono, diminuição das habilidades motoras finas e fadiga crónica. 
 
O exame neurológico realizado pelo especialista auxilia na determinação do diagnóstico, uma vez que pode identificar alteração dos reflexos, da coordenação, do equilíbrio, da marcha, dos nervos cranianos entre outras. 
 
Essa doença exige o acompanhamento de um neurocirurgião, para que o tratamento cirúrgico seja indicado no momento oportuno, quando aparecem evidências da deterioração neurológica, progressão dos sintomas que se tornam incapacitantes e piora das alterações na Ressonância Magnética. 
 
A cirurgia é feita através de uma incisão na parte de trás da cabeça e do pescoço sob anestesia geral e visa a descompressão das estruturas nervosas e o restabelecimento da circulação do líquor. Essa cirurgia geralmente apresenta resultados muito positivos. 
 
Tratamento: 
 
O tratamento consiste na descompressão do canal medular. 
 
Nota: Entenda este artigo como meramente informativo e um ponto de partida para procurar ajuda médica especializada.