Sociedade

MALP repudia autorização da prospecção e exploração de petróleo no Algarve e Alentejo

 
O Movimento Algarve Livre de Petróleo manifestou em comunicado repudio devido à autorização do prolongamento do prazo de prospeção e exploração de petróleo na costa litoral do Algarve e do Alentejo pelo Governo.

 
Uma autorização que acontece segundo aquele Movimento, "à revelia das mais de 40 mil objeções de cidadãos resultantes de consulta pública e dos pareceres negativos das autarquias, revelando uma profunda falta de cultura democrática do Governo que prefere a aliança com as petrolíferas em detrimento da preservação sustentável do território do Algarve". 
 
O Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP) espera agora que o Ministério do Ambiente faça o que lhe compete "e ponha a defesa do ambiente à frente dos interesses do poder do dinheiro e das petrolíferas". 
 
O MALP apela ainda ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que interceda junto do Primeiro-Ministro António Costa para travar "o escancarar de portas às empresas petrolíferas numa região turística de excelência, para que se priorize o desenvolvimento sustentável do Algarve".
 
O mesmo Movimento critica o voto de confiança dado pelo Secretário da Energia, Jorge Seguro Sanches, ao consórcio petrolífero ENI/GALP, "quando se sabe que o actual Presidente da GALP, Carlos Lopes da Silva é arguido no caso das viagens pagas pela petrolífera GALP a membros do Governo de António Costa". O MALP considera que esta decisão "vem agravar mais a desconfiança dos cidadãos face aos políticos e contribuir ainda mais para a degradação da qualidade da democracia portuguesa".