Sociedade

Manifestações nos hospitais algarvios lutam por melhor SNS (com fotos)

As Comissões de Utentes do Serviço Nacional de Saúde do Algarve realizaram hoje uma ação conjunta em defesa do SNS nos três hospitais do Algarve, Faro, Portimão e Lagos.

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Estas iniciativas contaram com a presença de centenas de pessoas que manifestaram a sua indignação perante a degradação do SNS exigindo, ao Governo, o fim da fusão dos hospitais do Algarve, o aumento de recursos humanos e materiais e a diminuição dos tempos de espera das Urgências e Consultas de Especialidade.
 
Com o novo Governo, as Comissões exigem "uma efetiva mudança de política no país, incluindo a defesa e valorização do SNS".
 
Nesse sentido foi agendada uma nova Concentração junto do Centro de Saúde de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, na próxima semana.
 
No decorrer desta ação foi ainda aprovada uma moção que será enviada à Presidência da Republica, ao Governo, à Assembleia da Republica, aos Grupos Parlamentares, à Associação de Intermunicipal do Algarve (AMAL), à Administração Regional de Saúde do Algarve e à Administração do Centro Hospitalar do Algarve. 
 
Nessa moção as Comissões de utentes lembram que a fusão dos hospitais apenas constituiu uma opção economicista, "que se revelou desastrosa".
 
Paralelamente à transferência de cada vez mais serviços de prestação de cuidados de saúde para os privados, a mesma moção frisa que, aumentou a degradação do sistema público de saúde, com infraestruturas deficientes, desvalorização dos profissionais de saúde, racionamento de materiais, encerramento de serviços de proximidade, e agravamento do acesso aos cuidados de saúde.
 
Desse modo, pugna por melhores condições de funcionamento no SNS, contra a perda de valências hospitalares, por mais médicos, enfermeiros e técnicos de saúde, bem como a melhoria das suas condições de trabalho, contra a degradação dos serviços hospitalares, contra o encerramento da maternidade de Portimão, e pelo fim do Centro Hospitalar do Algarve.
 
As Comissões de Saúde, exigem do novo Governo, "uma mudança de política no país", com a atribuição de médicos de família "quando mais de 150 mil algarvios estão privados desse direito". 
 
Em declarações ao Algarve Primeiro, Paulo Sá, deputado algarvio pelo PCP, presente na manifestação de Faro, aludiu para a necessidade de se parar de vez com a fusão das Unidades Hospitalares do Algarve, "já que essa teoria economicista, tem estrangulado os serviços de saúde, provocando uma resposta deficiente às populações", com a falta de especialidades médicas na região assim como longas listas de espera.
 
Paulo Sá, está ciente que o atual Governo, pode alterar o estado da saúde, destacando a reposição dos cortes salariais da função pública, as novas regras implementadas relativamente às taxas moderadoras e à consciência de devolver o SNS aos cidadãos, motivando os profissionais de saúde.