No seu habitual comentário de domingo na TVI, o professor Marcelo classificou os programas eleitorais do PSD/CDS e PS: “Este ano foi a moda das pinguinhas”.
Marcelo Rebelo de Sousa adianta que, a forma como os programas eleitorais do Partido Socialista e da coligação ‘Portugal à Frente’ se apresentam “é muito hábil taticamente mas confunde o povo”.
Para o professor, há “pontos positivos e negativos” no programa eleitoral da coligação.
“Os pontos positivos são as três prioridades apontadas: a questão da natalidade, a ideia de apostar nas pessoas e a competitividade das empresas”, indicou, acrescentando que “parece faltar a coesão territorial”.
“É que ainda por cima o Governo anunciou que tem fundos europeus para isso e depois não é uma das grandes prioridades. Atenuar os desequilíbrios territoriais devia ser a quarta prioridade”, frisou.
Nesta sequência, o comentador considerou que a “coesão social é o grande buraco do programa eleitoral”.
“As desigualdades aumentaram e há a situação dos idosos… a coesão social devia ser também uma prioridade”, referiu, acrescentando que existe um “problema de comunicação” por parte da coligação.
“No meio destas prioridades a ideia é dar esperança ao futuro, mas penso que é preciso olhar para o passado recente e, por isso, a coligação deve dizer que temos de ajudar a corrigir as desigualdades sociais”, afirmou.
Já relativamente ao programa do PS, Rebelo de Sousa destacou como “ponto forte” a “aposta no domínio social” e como “ponto fraco” a questão da “TSU contra a qual falou, e bem, Maria do Rosário Gama”.
Quanto à “parte financeira”, o comentador defendeu que esta “continua a levantar muitas dúvidas, pois o PS ainda não conseguiu explicar como vai exigir aos trabalhadores, e não apenas ao patronato, determinados esforços”.