Várias dezenas de cidadãos, na sua maior parte agricultores, concentraram-se na passada sexta-feira, em frente à Câmara Municipal de Tavira, onde seguiram para o Centro de Experimentação Agrária (CEAT), e entregaram um manifesto a exigir que o CEAT deve continuar a cumprir o objetivo pelo qual foi construído há 95 anos, de apoiar e formar os futuros e atuais agricultores.
Face à atual situação ambiental, social e económica, os manifestantes defendem que o CEAT deve ser preservado e revitalizado de forma a cumprir a missão para a qual foi criado, adaptando-se aos desafios contemporâneos.
Consideram que a investigação, experimentação e difusão de variedades tradicionais vegetais e práticas agrícolas apropriadas deve constituir uma prioridade para fazer face às alterações climáticas, ao problema da escassez de água, à desertificação, aos desequilíbrios dos ecossistemas criados pela indústria agroquímica convencional e pela atual ação do homem, «pelo que um bom desempenho do CEA Tavira neste contexto é vital», sublinham.
Não concordam que entidades «completamente alheias ao mundo rural», como a ABC - Biomedical Center se instalem nos edifícios antigamente destinados à formação, ou que as restantes edificações sejam distribuídas pelo Centro de Ciência Viva, num espaço dedicado aos agricultores e que estes sejam ignorados.