Sociedade

Maria José Oliveira no Museu Municipal de Faro para uma visita guiada, conversa e apresentação de livro

Numa organização conjunta entre a Associação Artadentro e o Museu Municipal de Faro, será realizada no próximo dia 24 de julho, pelas 17h00, no Museu, uma visita guiada à exposição "Estamos aqui porque voámos" conduzida pela própria Maria José Oliveira. Complementando esta visita, haverá uma conversa sobre a obra da artista com intervenção de Fernando Rosa Dias.

PUB
Seguidamente, será feita a apresentação do livro "Fronteira Líquida – Até já fui a Cacilhas" — série única de 30 livros numerados e assinados pela artista —, com fotografia de Eduardo Sousa Ribeiro e arranjo gráfico de Manuel Rosa. Esta série, foi concebida e realizada em paralelo com a criação da obra homónima, incluída em "Estamos aqui porque voámos".     
 
Depois da sua participação na recém-inaugurada exposição da Gulbenkian, "Tudo o que eu quero – Artistas Portuguesas de 1900 a 2020", Maria José Oliveira apresenta no Museu Municipal de Faro, no âmbito do ciclo de arte contemporânea Eklektikós, a exposição "Estamos aqui porque voámos". 
 
Segundo descreve a Artadentro em nota emitida, nesta mostra, Maria José Oliveira, "apresenta um conjunto de obras construídas a partir de objetos heterogéneos, marcados pela usura do tempo e carregados de poderosa energia simbólica que, associados à ideia darwiniana, convocam-nos à reflexão sobre a real dimensão humana". 
 
Maria José Oliveira (Lisboa, 1943), iniciou o trabalho com cerâmica no final dos anos 60, com a aprendizagem da técnica de fornos de chão, com o mestre Albino — considerado o último oleiro arcaico em Portugal. Entre 1973 e 1976, aprofundou o seu conhecimento deste material, com o Curso de Cerâmica do IADE. Em 1978/79, estudou escultura no Ar.Co. em Lisboa, onde, de 1991 a 1995, foi professora convidada. Foi apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian para a execução de todo o trabalho necessário à exposição "Dimensões da Vida na Terra", para o Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, em 1999. 
 
Expõe regularmente desde 1982, em Portugal e no estrangeiro. A sua obra integra prestigiadas coleções como a da Fundação Carmona e Costa, a da Fundação PT e a da Fundação EDP. Em 2017, realizou a importante retrospetiva "Maria José Oliveira 40 anos de Trabalho", na Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa, afirmando a sua obra como uma das mais relevantes da arte contemporânea portuguesa.