A Mata do Liceu foi esta sexta-feira inaugurada e reaberta ao público após obras de requalificação. A intervenção, com um custo total superior a 1,5 milhões de euros, permite devolver aquele espaço verde à população.
A empreitada incluiu uma reorganização dos percursos e equipamentos, além da introdução de outros, bem como a plantação de 280 novas árvores, em substituição das abatidas – na sequência de parecer da Direção Regional da Natureza e Florestas do Algarve (ICNF), pedido pelo Município antes do início da empreitada, onde foi apresentado um relatório que atestou algumas deficiências nas condições fitossanitárias do espaço.
De acordo com nota da autarquia, parte das árvores plantadas são autóctones e outras de crescimento mais rápido mas com elevada resistência a pragas.
Foi ainda instalado um relvado com cerca de 1.500 metros quadrados e semeado 2.160 metros quadrados de prado florido de sequeiro e cujo corte só será efetuado duas a três vezes por ano. Este prado, que será amarelo e castanho no verão, e verde no outono e inverno, tem baixa manutenção (sem consumo de água e dispensando tratamentos fitossanitários) promovendo a biodiversidade de flora mas também de fauna, uma vez que atrai insetos polinizadores, explica a autarquia.
Na requalificação, foi ainda incluído um circuito de manutenção para corrida – uma vez que o espaço já era muito procurado para este efeito – e foram criados dois espaços de jogo e recreio, uma zona de street workout, um anfiteatro e uma zona de jogo de basquete informal. Foi ainda previsto um percurso acessível, de forma a evitar a compactação do solo devido ao pisoteio excessivo.
Além disso, foi também previsto um sistema de drenagem que inclui valas de escoamento de água que conduzem a água a bacias de retenção e infiltração, podendo estas depressões reter a água da chuva e promover a infiltração e abastecimento dos aquíferos.
No âmbito da inauguração da requalificação, Rogério Bacalhau - presidente da Câmara Municipal de Faro, congratulou-se com a abertura do espaço depois de “uma obra de grande dimensão que vem permitir dar vida ao coberto vegetal existente e que vai garantir que temos Mata para os próximos 20 ou 30 anos”. “Isto porque se não tivessemos feito esta intervenção, ou outra desta dimensão, seguramente não teríamos”, acrescentou o autarca.
