Sociedade

Mata Nacional de Vila Real de Santo António tem novos painéis informativos através de projeto europeu

 
 
A Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António conta com painéis informativos sobre percursos e espécies ameaçadas, no âmbito de um projeto europeu para criar atividades sustentáveis em áreas naturais, anunciaram hoje os promotores.

O espaço verde, foi escolhido para ser a área piloto em Portugal do projeto europeu “INHERIT – Estratégias Turísticas Sustentáveis para Conservar e Valorizar o Património Natural Mediterrânico e Marítimo”, que tem 15 parceiros em 10 países e é gerida a nível nacional pela Associação de Desenvolvimento do Património de Mértola (ADPM), que anunciou agora a conclusão desta fase do projeto.
 
Na qualidade de área piloto em Portugal, a Mata Nacional das Dunas Litorais de Vila Real de Santo António tem em curso um conjunto de ações de conservação e promoção para poder “receber um selo de “Área INHERITURA” dado por uma comissão técnica criada pelo Projeto “INHERIT”, que visa promover zonas em que a proteção do património natural representa uma mais-valia para desenvolver atividades turísticas sustentáveis”, referiu a ADPM num comunicado.
 
Com a intervenção realizada em dezembro, a zona verde algarvia foi “enriquecida” com “a colocação de sinalética nova” para “valorização do trilho da Aldeia Nova e do percurso de Vila Real de Santo António a Monte Gordo”, considerou a mesma fonte.
 
A Associação de Defesa do Património de Mértola, localidade que pertence já ao distrito de Beja, precisou que durante esta ação “foram instalados, com a colaboração da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, sete painéis com mapa e um sobre o camaleão”, uma espécie ameaçada que deve ser preservada pelos visitantes.
 
Foram também colocados “os totens de 2 percursos – feitos com materiais reciclados, resistentes ao sol e facilmente substituíveis”, criando no conjunto uma “informação no local” para “informar os turistas relativamente ao interesse ambiental” da área verde e “sobre a localização dos diferentes serviços”, como “estacionamentos, parque de merendas, parque de campismo”, exemplificou a mesma fonte.
 
“Esta iniciativa foi um esforço conjunto do Instituto da Conservação Natureza e Florestas, da Associação Odiana [associação de desenvolvimento do Baixo Guadiana criada pelos municípios de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim] e da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e promovido pela ADPM com o apoio do protejo europeu INHERIT, financiado pelo programa INTERREG MED da União Europeia”.
 
“O projeto INHERIT é um programa que tem muitas áreas de intervenção, mas que no Mediterrâneo Europeu foca muito o turismo e tem como objetivo conciliar e valorizar as questões referentes ao património natural e à sustentabilidade nos destinos turísticos europeus costeiros e marítimos do Mediterrâneo”, afirmou à Lusa Fernanda Silva, técnica da ADPM, quando a mata foi escolhida como área piloto do projeto em Portugal, em abril passado.
 
Fernanda Sila quantificou na ocasião em 100.000 euros a verba disponível para a totalidade do projeto, cofinanciado pelo programa "Interreg Med", através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
 
A mesma fonte esclareceu ainda que a ADPM, criada há 40 anos, é das “mais antigas em Portugal em termos de associações de desenvolvimento” e foi escolhida pela coordenadora europeia grega do projeto para fazer a gestão em Portugal devido à sua experiência, que começou com o património cultural, alargou-se a outras vertentes, como a natural ou a turística, e expandiu-se depois a outras zonas do país e a países como Moçambique ou Cabo Verde.