No âmbito da celebração do Dia Internacional da Saúde da Mulher, que se assinala hoje, o Núcleo de Faro do Movimento Democrático de Mulheres reclama “uma política urgente de promoção da saúde, prevenção da doença e cuidados de proximidade”.
O MDM “exige que o governo respeite as especificidades nesta área, desta numerosa camada da população, com medidas que combatam os seus problemas”.
Em comunicado, o mesmo movimento diz ser preciso ter em conta que: “o cancro da mama corresponde à segunda causa de morte por cancro, 1500 mulheres morrem com esta doença, sendo detectados anualmente cerca de 4500 novos casos;o cancro no útero é o mais comum, considerando os tumores do sistema reprodutor feminino, representando cerca de 6% de todos os cancros, detectando-se 1 700 novos casos por ano”.
O mesmo documento avança que, “o cancro do ovário leva à morte de cerca de 30 mulheres todos os meses, registando-se anualmente mais de 600 novos casos”, bem como que, “o cancro do colo do útero é uma doença potencialmente curável se diagnosticada precocemente”.
Neste sentido, o MDM faz nota de “atrasos inaceitáveis na realização de citologias cérvico-vaginais nos centros de saúde do Algarve e que o não cumprimento pelo Estado das suas obrigações com a saúde das/os cidadãs/os significa desrespeito pelos direitos de cidadania e igualdade, agravamento da exclusão social e da qualidade de vida das mulheres”.
Por conseguinte, “o MDM reclama o reforço dos meios disponíveis no acompanhamento de proximidade para dar resposta às diversas dimensões da saúde das mulheres, de acordo com o seu ciclo de vida, nos domínios do rastreio, diagnóstico e tratamento”.
O MDM exige ainda “o reforço da capacidade do Serviço Nacional de Saúde no Algarve, em particular o Serviço de Anatomia Patológica da Unidade de Portimão do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, para realizar, de forma célere, citologias cérvico-vaginais, uma vez que os atrasos na realização e obtenção dos resultados dos exames chegam a ultrapassar um ano, colocando a vida das mulheres em risco”.