Este evento pretende divulgar os usos e costumes rurais da Mexilhoeira Grande e integra o programa das Jornadas Europeias do Património 2025, revela nota do Município de Portimão enviada ao Algarve Primeiro.
O percurso de António da Silva Marreiros, "vai cruzar-se com a música, a gastronomia e os saberes de antigamente" porque, segundo a autarquia, "foram realidades que o também fotógrafo retratou através da sua lente, da sua poesia e das suas pinturas, ao longo de diversas décadas".
Nasceu na Mexilhoeira Grande em 1932 e faleceu em fevereiro deste ano. Foi barbeiro, fotógrafo, poeta e pintor na vila, onde viveu a maior parte da sua vida, "tendo deixado um importante legado patrimonial para a freguesia e para o concelho", sublinha a autarquia.
Este percurso de relevo será mais uma vez lembrado pelo Município de Portimão, através do Museu, desta vez com a colocação de imagens da sua autoria ao longo da principal artéria da vila, acompanhados por alguns apontamentos da sua poesia, na qual também espelhou o amor pela sua terra.
A XI edição de “A Nossa Cultura sai à Rua” começa pelas 16h00, com recinto no adro da Igreja da Mexilhoeira Grande, numa mostra abrangente de produtos agrícolas, gastronomia e doçaria, complementada pela divulgação de artes e ofícios de índole tradicional e pela animação artística e musical.
Também vão decorrer algumas oficinas, duas delas a acontecer em paralelo, às 18h15.
Assim, enquanto a Associação Grão de Areia promove a oficina “Vamos fazer empreita”, a Santa Casa da Misericórdia da Mexilhoeira Grande, com dinamização de Susana Santos, desafia a participar na iniciativa “Vamos caiar o muro”.
Pelas 20h00, a oficina gastronómica “Sabores da Terra”, organizada pela Sociedade Recreativa Figueirense, irá ensinar os visitantes a confecionar as famosas papas ou xerém de berbigão.
Ao longo de toda a tarde, os mais novos vão amassar os “passarinhos de pão doce”, preparar a taipa, fazer uma esteira de cana e funcho com a participação de José Luís, pintar cerâmica, um atelier de plantação, moldar o barro e muitos jogos tradicionais.
Com concentração na Espargueira, junto à Quinta da Rocha, às 9h30, terá lugar o habitual passeio orientado por Filipe Bally Jorge (Chefe de Divisão de Ambiente da Câmara Municipal de Portimão), numa visita guiada pelo património natural e vida selvagem da Ria de Alvor. As inscrições, gratuitas, estão abertas e podem ser realizadas pelo email [email protected] ou pelo telefone 282 405 232.
A Quinta Pedagógica de Portimão, em colaboração com a Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes, também se junta a esta festa, a partir das 16h00, com o projeto “Construindo Casas para os Amigos Pequenos”, uma sessão que procura "estimular a curiosidade, a criatividade, o encanto e o respeito pela natureza", regista a nota.
Relativamente à animação musical, às 17h00, sobe ao palco o Grupo de Cantares Mexilhoeirense com o projeto “Cantos do Algarve - A Cultura Sai à Rua – Instrumentais”, que ensinará o público a entoar algumas cantigas tradicionais.
Pelas 17h45, a Associação Cultural Dancenema apresenta o espetáculo “O Dia da Espiga”, no adro da Igreja da Mexilhoeira Grande, numa sessão de artes performativas, que narra a história da tradição do sítio da Mulher Morta, na perspetiva da escritora portimonense Margarida Tengarrinha.
Às 19h10, a rubrica “Vamos dar um pezinho”, conduzida pelo Rancho Folclórico da Figueira, vai convidar o público a aprender alguns passos desta dança tradicional.
O evento cultural encerra com uma sessão de contos, às 21h00, com Jorge Serafim, e com a tradicional desfolhada ao som da concertina, a partir das 22h00, a que se segue a festa “Há Baile no Adro”, animada pela dupla Paula e José Vicente.
Toda a programação conta com a colaboração do projeto “E.S.T.A.R e Viver bem na Freguesia” e com as parcerias das associações locais, bem como o apoio da comunidade.
“A Nossa Cultura Sai à Rua” é uma organização da Câmara Municipal de Portimão, com produção e implementação do Museu de Portimão e da Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande.
