Política

Ministério da Saúde reconhece que Serviço de Obstetrícia do CHUA tem necessidades

O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério da Saúde sobre a falta de médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia no CHUA, bem como de assistentes operacionais e enfermeiros, e que medidas tem o Governo para as "exíguas" instalações do Serviço de Obstetrícia do Hospital de Faro ou para quando a renovação do equipamento obsoleto do mesmo serviço.

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Em resposta ao PCP sobre a necessidade de contratação de pessoal médico para o Bloco de Partos no Hospital de Faro, a Ministra da Saúde confirmou com informações prestadas pela ARS Algarve, que é reconhecida a carência de recursos técnicos especializados na área da saúde na região do Algarve realçando que o Centro Hospitalar Universitário do Algarve tem vindo a apresentar junto da tutela propostas de afetação de recursos que tem resultado na abertura de vagas que muitas das vezes ficam por preencher. 
 
A mesma fonte garantiu que a carência de recursos humanos nomeadamente de assistentes operacionais já foi identificada com pedidos de contratação submetidos à tutela, "embora alguns destes pedidos tenham vindo a ser autorizados, o CHUA tem sentido bastante dificuldade em contratar estes profissionais uma vez que o Algarve é uma região turística e o setor de hotelaria absorve a maior parte destes recursos", avançou comunicado do Ministério da Saúde.
 
Na mesma resposta o gabinete da Ministra Marta Temido, confirmou haver um esforço conjunto de organização e do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia as direções dos serviços e o Conselho de Administração, de forma a ser possível manter os serviços a funcionar com o número de profissionais exigidos por Lei, "garantindo segurança às utentes e a continuação da prestação de cuidados de saúde de qualidade". 
 
Nesta matéria salienta que em fevereiro iniciaram contrato por tempo indeterminado no CHUA, 29 enfermeiros.
 
Quanto à necessidade de obras de requalificação no Bloco de Partos da unidade hospitalar de Faro, a tutela assegura que esta necessidade "está devidamente contemplada e identificada no plano de investimentos para 2019, obras que irão permitir uma reorganização do espaço físico de forma a melhor responder às necessidades de urgência de ginecologia e obstetrícia".
 
Ao nível dos equipamentos, o Ministério informa que em 2018 foram adquiridos dois ecógrafos para as consultas de Diagnóstico Pré-Natal para unidade hospitalar de Faro e um ecógrafo para o serviço de urgência ginecológica e obstetrícia da unidade de Portimão.
 
Para 2019 está prevista a aquisição de cardiotocógrafos para a unidade de Faro e um ecógrafo para a consulta de diagnóstico Pré-natal de Portimão e outro para o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia de Faro.