A Ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, é a convidada de honra do 4.º Festival Literário Internacional de Querença (FLIQ), para apresentar a 3 de maio, uma aula aberta à população, à semelhança do que aconteceu há 30 anos nos “Estudos Gerais Livres”, promovidos pelo antropólogo Manuel Viegas Guerreiro e pelo filósofo Agostinho da Silva.
O Festival cumpre-se nos dias 3, 4 e 5 de maio sob o tema Literatura e Geografia(s). A “lição” será precedida de uma breve contextualização por parte do diretor do Centro de Estudos Judiciários, João Miguel, natural de Querença.
De acordo com nota da organização, os “Estudos Gerais Livres”, foram criados pelo patrono da Fundação ao lado do professor e amigo Agostinho da Silva, com o intuito de levar o conhecimento e a discussão de temas à população em geral, extravasando os muros das instituições académicas, mote que o FLIQ -festival não comercial e de acesso gratuito, no concelho de Loulé - também perfilha.
O primeiro dia contará ainda com uma mesa redonda intitulada “Estudos Gerais Livres no séc. XXI”, participada pelo geógrafo João Ferrão, pela geógrafa e ex-diretora do IGOT-Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Lucinda Fonseca, ligados aos “Estudos Gerais Livres”, e por outras personalidades convidadas a pensar o ensino público, como a diretora regional da Cultura do Algarve, Adriana Nogueira e o jurista Alberto Melo.
O lançamento de um livro da autoria de Francisco Melo Ferreira e a exibição de um documentário sobre os “Estudos Gerais Livres”, com intervenções de José Barata Moura, Viriato Soromenho-Marques, António Borges Coelho, Fernando Mão de Ferro, Joaquim Cerqueira Gonçalves, Cláudio Torres e Teresa Rita Lopes, completam o programa desse dia, acrescenta nota da organização.
Este ano, o FLIQ homenageia o escritor, ensaísta e professor Nuno Júdice, uma das vozes poéticas mais significativas da literatura portuguesa desde os anos setenta.
No último dia, o subtema “Livros, Leituras & Leitores” aponta para as questões dos hábitos de leitura, da criação de novos leitores e da importância da literatura infantojuvenil, trazendo à aldeia de Querença dezenas de investigadores, escritores, professores, bibliotecários e interessados pela palavra e pelo livro como expressão máxima de Cidadania e de Liberdade.
Em permanência, estão garantidos uma Feira do Livro, com representação de obras dos autores presentes, música, leituras, exposições, sessões de autógrafos, piqueniques, convívio e diálogos vários.
O Festival tem o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, Câmara Municipal de Loulé e União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim. Desde 2017 que a RDP/RTP são media partners do FLIQ.