O Agrupamento de Escolas João da Rosa em Olhão foi distinguido a nível nacional pelo projeto Escola Azul.
Trata-se de um projeto que pretende distinguir as escolas que trabalham o oceano e comprometê-las a participar decisivamente na formação de jovens com maior literacia do oceano. É coordenado pela Direção-Geral de Política do Mar e conta com o apoio científico e de cooperação da Ciência Viva.
A placa de distinção foi descerrada esta sexta-feira no Agrupamento João da Rosa sendo que a bandeira foi hasteada na escola EB1/JI nº6, a grande vencedora deste galardão.
A cerimónia contou com a presença da Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, José Apolinário, Secretário de Estado das Pescas, António Pina, Presidente da autarquia, bem como de diversas entidades envolvidas no programa.
Luís Felício, diretor do Agrupamento abriu a sessão solene agradecendo a toda a comunidade educativa e à Associação de Pais pelo "excelente trabalho realizado em torno deste projeto. Foi muito contagiante o entusiasmo das crianças em torno do cavalo-marinho, esforço esse que aparece espelhado nos muitos trabalhos desenvolvidos com os professores e também famílias".
Para o responsável pelo Agrupamento, "esta é uma escola que está situada no meio de muitas dificuldades, ainda assim, no que depender do futuro destas gerações, estou em condições de afirmar que o cavalo-marinho será salvaguardado na nossa Ria Formosa, já que existe uma consciência muito grande de todos face a esta realidade".
António Pina também se mostrou satisfeito com o galardão alcançado "é sempre um motivo de muito orgulho receber uma distinção que coloca a nossa comunidade educativa em destaque, bem como todos quantos se envolveram no projeto de forma entusiasmada. Penso que é sempre algo a que devemos dar resposta de forma a podermos melhorar o interesse dos alunos, envolver a comunidade e preservar o meio ambiente, neste caso, a preservação de uma espécie em extinção como é o cavalo-marinho".
A Ministra do Mar realçou que "a importância de estar aqui prende-se com o futuro. Estas meninas e estes meninos vão ser os adultos de amanhã que vão ter uma maior consciência da preservação ambiental. Esta geração vai preservar o cavalo-marinho, não vão poluir o ambiente, vão escolher profissões também ligadas ao mar".
Reforçando a importância de olharmos para o mar, Ana Paula Vitorino sublinhou que "é uma honra criar gerações oceânicas. É uma honra ver todos estes adultos envolvidos com crianças num trabalho para o futuro. Temos de criar condições para continuar este tipo de projetos para que todos possamos viver melhor. Tem de haver esta construção de futuro, através dos mais novos, mas continuar este tipo de projetos em mais valências e noutras idades. É fundamental alargar este tipo de iniciativas, alargar consciências e horizontes, pois só assim teremos cidadãos mais completos, mais capazes de amar o nosso território, seja ele marítimo ou terrestre".
Com esta noção de continuidade, a Ministra do Mar diz que gostaria de ver este tipo de iniciativas em todas as áreas de ambiente e nos vários escalões etários e que "temos de trabalhar nesse sentido, pois só assim poderemos contar com uma vida melhor; com mais qualidade ambiental".
A Governante destacou ainda que toda e qualquer criança deverá ter estas oportunidades, independentemente da situação financeira dos encarregados de educação, "a ambição passa por envolver crianças do interior, no conhecimento daquilo que é a vida marinha, e informar as crianças do litoral sobre os segredos das populações mais afastadas do mar, numa verdadeira inclusão ambiental, com futuro".
