Em nota publicada, o Município de Faro diz que a cerimónia contou ainda, com a presença da arquiteta Teresa Valente, que liderou a equipa que efetuou as obras e que fez uma resenha sobre como decorreram os trabalhos, dando nota do antes e depois da reabilitação e da importância que a mesma teve, no sentido de preservar um monumento que é um dos símbolos da cidade de Faro.
Rogério Bacalhau sublinhou a importância do monumento para a identidade farense, considerando que “não é apenas uma construção de pedra e cal, fotografado por todos os que entram Vila-Adentro, memória de dias bem passados. É um espelho da nossa identidade e um testemunho vivo da nossa convicção de que a cultura deve ser transformada num motor económico e social”. O autarca reforçou que “políticas integradas de gestão, que nos levam a concretizar dinâmicas de preservação da memória coletiva e inovação” comprovam que “a cultura é o projeto de futuro, que vai trazer mais-valias para o concelho” e que a “cidadania passa pelo acesso ao património e implica que, quem governe, tenha uma visão integrada do Património e da Cultura, vinculada a uma abordagem holística, na qual não existem fardos do passado, mas somente alavancas para o futuro”.
A ministra da Cultura referiu-se à relevância do restauro para o turismo sustentável e para a autoestima regional, considerando o Arco da Vila “um portal que abre horizontes a quem cá entra e a quem cá vive”.
A reabilitação do Arco da Vila resultou de um acordo entre a autarquia e o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência, tendo representado um investimento de 250 mil euros.
O Arco da Vila, mandado erguer em 1812 sobre a antiga porta Árabe, está classificado como Monumento Nacional desde 1910.