O poeta e ensaista farense António Ramos Rosa, de 88 anos, morreu cerca das 14h00 de hoje, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, onde estava internado desde quinta-feira com uma pneumonia, disse ao Expresso uma sobrinha do escritor.
Gizela Ramos Rosa disse ainda que o tio já tinha sido internado recentemente, mas recuperara, regressando à residência Faria Mantero, um lar para artistas onde residia há vários anos.
Recorde-se que a autarquia farense confirmou em Agosto, que o poeta ia doar uma série de objectos ao município de Faro. A Câmara de Faro referiu que entre os objetos doados pelo poeta farense estão várias "peças relativas ao seu percurso académico e literário", bem como "medalhas e diplomas alusivos ao seu Doutoramento Honoris Causa, ao Prémio Pessoa, comendas referentes ao agraciamento com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a medalha de Ouro da Cidade de Faro".
Os bens do poeta que assinou versos como "Não posso adiar o coração" vão ficar sob alçada da Biblioteca Municipal de Faro, a que Ramos Rosa dá nome.
António Ramos Rosa nasceu em Faro a 17 de outubro de 1924 e trabalhou como empregado de escritório, tradutor e professor, segundo a Infopédia da Porto Editora.
O poeta foi distinguido com o Prémio Pessoa em 1988, no segundo ano em que o galardão foi atribuído, além de já ter recebido o prémio PEN Clube Português, o Grande Prémio de Poesia Associação Portuguesa de Escritores, entre vários outros.
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