O movimento lembra que através do protocolo ficou assegurada a aquisição dos terrenos para a criação do Parque Natural da Cidade de Lagoa, como também, desenvolver trabalho com os peritos, associações, cidadãos e entidades para esse fim.
Apesar de os terrenos já terem sido adquiridos, e o executivo municipal ter realizado um plano, o movimento lamenta que o mesmo não tenha "incluído os contributos dos peritos, das associações ambientalistas e dos cidadãos, tendo sido rejeitado pelas entidades ICNF, APA e CCDR porque não obedeceu aos critérios de proteção ambiental requeridos para a área", lê-se no documento.
Com o passar do tempo, o comunicado adianta que "tudo aumentou ao redor das Alagoas Brancas: o lixo, a poluição luminosa, o barulho, a compra de terrenos à volta por privados, a 'limpeza' da vala principal feita já em época de nidificação, a infiltração de esgotos (Município avisado em 2023 e 2024), o uso dos terrenos para colocar outdoors a fazer publicidade a eventos do Município. E por fim, recentemente na última reunião de Câmara, de dia 30 de setembro, foi decidido que o executivo construirá mais um campo de futebol mesmo junto às Alagoas Brancas".
O movimento acrescenta ainda que devido ao facto de Município não cumprir o protocolo assinado que deveria estar completado no fim de 2025, "existe um sério risco do Fundo Ambiental pedir de volta os fundos que deu para comprar as Alagoas".
A mesma entidade revela que o Município teve em abril de 2024 e em março de 2025, "a possibilidade de receber a ajuda e a informação técnica de mais de 30 peritos e de várias associações ambientalistas que realizaram por via pró-bono dois relatórios técnicos, mas ao invés disso, até à data, nada fez com essa informação", conclui.