O Movimento considera que, "não obstante a recolha de assinaturas ter sido realizada em pouco mais de um mês, o facto de se ter alcançando um total de cerca de 6.500 assinaturas - mais duas mil e quinhentas do que as necessárias para levar a petição à discussão no plenário da Assembleia - é bastante revelador do facto das populações algarvias continuarem a não baixar os braços perante a tremenda injustiça de que são alvo, desde há três anos a esta parte".
Recebidos por Guilherme Silva, vice-presidente da Assembleia da República, os elementos da comitiva apresentaram a petição, aproveitando ainda a ocasião para "alertar para as gravosas consequências que a introdução das portagens tem trazido para a região algarvia, consequências que não se verificam apenas no turismo, mas também na própria economia regional e na vida dos trabalhadores e populações".
Apesar de esta não ser a primeira iniciativa do género a ser levada ao Parlamento, o Movimento espera vir a confrontar uma vez mais as diferentes forças políticas, em particular o PS, o PSD e o CDS, "sobre quem cai a responsabilidade da introdução de portagens na Via do Infante há mais de 3 anos atrás e que têm sido também o principal factor de bloqueio à sua eliminação tendo chumbado todas propostas que visavam a sua eliminação e que foram entretanto apresentadas na Assembleia da República".
O Movimento aguarda agora que a petição possa seguir os seus normais trâmites, garantido para já que, "independentemente do resultado da mesma no Parlamento, não só não dá por terminada a luta contra as portagens como, face ao crescente número de pessoas que reclamam o fim daquelas na Via do Infante, irá planear mais acções de luta que permitam demonstrar a determinação das populações algarvias em transformar o Algarve numa região livre de portagens".