No próximo sábado, dia 13 de agosto, pelas 15h00, terá lugar, na praia da ilha de Tavira, um Flash Mob de protesto pacífico contra a exploração de gás e petróleo no Algarve e em Portugal, organizado pela Movimento Tavira em Transição.
Uma iniciativa que contará com o envolvimento e o apoio de várias forças vivas da comunidade tavirense e da sociedade civil.
Depois, às 17h30, terá ainda lugar uma sessão de música sunset com um dj, que será acompanhada de várias bancas informativas e recolha de assinaturas.
Segundo a organização, "estamos perante contratos lesivos para o ambiente, saúde, bens patrimoniais, estabilidade geológica do território, e perante um Estado cuja legalidade e transparência política são altamente duvidosas".
Em comunicado os organizadores da iniciativa defendem ainda que "o setor petrolífero encontra-se em declínio, enfrentando atualmente uma enorme crise". Em todo o Mundo cresce em numero o desinvestimento e desmantelamento de plataformas e explorações petrolíferas, sendo que vários países já se comprometeram a deixar de comercializar carros movidos a energias fósseis a partir de 2025.
Lembram também que o recente sismo, de magnitude 4.0, ocorrido a Sul de Faro, propagou-se precisamente na região concessionada às petrolíferas Repsol e Partex (Gulbenkian), as quais pretendem aí, executar brevemente o seu 1º furo.
A nível ambiental é referenciado no mesmo comunicado que o aquecimento global é uma realidade actual, cuja incidência tem tido uma evolução exponencial - algo que é altamente preocupante e de consequências imprevisíveis. Segundo o estudo da Global Footprint Network a partir do dia 08 de agosto de 2016 vivemos "a crédito" com o planeta, ultrapassámos todas as linhas vermelhas, estamos a consumir o equivalente a 1,6 planetas terra por ano e as emissões de dióxido de carbono (CO2) são o maior factor desse excesso, visto que representam "60% da nossa pegada ecológica global".