Uma audiência que estava prevista desde a visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao Algarve no ano passado.
Vanessa Morgado e José Lézinho constituíram a comitiva que levou à presidência da República temas como o processo das demolições e do reconhecimento dos Núcleos do Farol e Hangares, tendo sido entregue o dossier que no ano passado foi dado pessoalmente ao Presidente da República, onde são apresentadas as preocupações com toda a situação referente às demolições de habitações previstas para o final deste mês nos núcleos do Farol e Hangares.
Segundo comunicado do movimento, foi ainda transmitido o "desconforto e revolta" que todo este processo está a causar junto das populações, assim como foram apresentadas "inúmeras contradições relacionadas com os diversos estatutos vigentes na área da Ria Formosa".
De acordo com o mesmo documento, para situações iguais ou semelhantes os tratamentos são muito diferentes, "enquanto há abertura, concessões e estatutos de reconhecimento para alguns dos aglomerados da Ria Formosa, nos núcleos do Farol e Hangares, opta-se por demolir ou renaturalizar ao invés de se requalificar".
Foi ainda referido que depois de mais de um ano sobre a aprovação por maioria do reconhecimento dos Núcleos do Farol e dos Hangares pela Assembleia da República, nada parece ter sido feito para efetivar em definitivo esse reconhecimento.
O Movimento SOS Ria Formosa, abordou também a questão do POOC Vilamoura/Vila Real de Santo António "que já caducou, e cuja revisão não avança, com as associações a aguardarem por ser chamadas de forma a contribuírem para o referido Plano".
Foi ainda pedido ao Presidente da República, que interceda junto dos "decisores para que todos estes problemas possam ser resolvidos, sem recurso a demolições, ou que pelo menos, seja dada a possibilidade aos habitantes, nos casos mais complicados, de relocalizarem as suas habitações dentro dos espaços existentes nos núcleos".