Economia

Movimentos e grupos contra a prospeção e exploração de petróleo e gás no Algarve ameaçam com greve de fome

Os movimentos e grupos contra a prospeção e exploração de petróleo e gás no Algarve confirmaram hoje em comunicado "a possibilidade de se avançar para uma greve de fome coletiva".

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Informam que irá estar presente uma comitiva em defesa de um Algarve livre de petróleo na próxima sexta-feira, dia 24 de março, pelas 10h00, em Portimão, à porta da Feira do Mar - Mar Algarve, "para confrontar a Ministra do Mar sobre a verdade dos fatos da prospeção e exploração de petróleo no Algarve e em Portugal, bem como pedir explicações sobre o processo de consulta pública de Aljezur onde 42 mil participações de cidadãos se posicionaram contra a prospeção de petróleo, exigindo o fim imediato da possibilidade de se efetuar o furo no mar de Aljezur".
 
O mesmo comunicado refere que no passado dia 18 de março, os grupos Movimento Algarve Livre de Petróleo, Preservar Aljezur, Stop Petróleo Vila do Bispo e Tavira em Transição, fizeram um ponto da situação em Faro e constataram que, o Primeiro-Ministro, António Costa, "não respondeu ao pedido de audiência urgente que 27 grupos, movimentos e associações regionais e nacionais solicitaram, direcionando o pedido de audiência para a Ministra do Mar e para o Ministro do Ambiente; o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, faltou à verdade quando afirmou aos cidadãos, perante os órgãos de comunicação social que só o contrato de Aljezur está em vigor no Algarve e que apenas foi autorizada a prospeção de petróleo e não a exploração, quando se sabe que os contratos da Repsol/Partex em mar, em frente a Tavira e Faro continuam em vigor (o governo apenas executou uma caução) e que os contratos assinados com as petrolíferas dão direitos de prospeção e também de exploração, a Ministra do Mar foi vender a retalho a região do Algarve e o país às empresas petrolíferas nos Estados Unidos da América e mentiu na Assembleia da República dizendo que em Portugal não havia contratos de produção de petróleo, e que o Ministro do Ambiente acha normal a prospeção de petróleo em território português".
 
Perante estas conclusões, os movimentos e grupos contra a prospeção e exploração de petróleo e gás no Algarve, decidiram que se o governo não actuar para travar já o furo de Aljezur avançam para uma greve de fome colectiva.
 
Algarve Primeiro