Sociedade

MP pede prisão para um dos dois homens acusados de matarem empresário em Albufeira

Foto - Depositphotos  
O Ministério Público (MP) de Portimão pediu hoje uma pena de prisão de 11 anos para um dos dois homens acusados de terem matado um empresário de pastelaria em 2019 em Albufeira e a absolvição do outro.

PUB

Nas alegações finais do julgamento por um tribunal de júri, que decorreu em Portimão, o magistrado do MP pediu uma condenação de 11 anos de prisão para Igor Lopes, de 40 anos, em prisão preventiva, e a absolvição de Aldair Silva, de 43 anos, que está em liberdade.

Os dois homens estão acusados pelo MP por homicídio qualificado e omissão de auxílio ao empresário, proprietário de uma fábrica de bolas de Berlim, crimes que ocorreram no estabelecimento, situado na Patã de Baixo, em Albufeira.

Os advogados de defesa dos dois arguidos pediram a sua absolvição, tendo a defesa de Igor Lopes invocado o princípio ‘in dubio pro reo’, que decorre da presunção constitucional de inocência, consistindo em que, na dúvida, o tribunal decida a favor do arguido.

Em abril passado, no arranque do julgamento, o MP considerou que os arguidos terão delineado um plano com o intuito de subtrair dinheiro da fábrica, na qual Aldair Silva trabalhou, e que tinha uma faturação diária entre os 10 e 15 mil euros.

Segundo a acusação, os arguidos acederam ao interior do estabelecimento com a intenção de se apoderarem de “uma quantia monetária”, onde se depararam com o empresário José de Sousa, de 66 anos, acabando por o matarem.

De acordo com o MP, os dois terão agredido o empresário com uma faca elétrica, atando-lhe as mãos e os pés, tapando-lhe a boca com fita adesiva, conhecida por fita de mecânico, e “sufocaram-no por compressão externa do pescoço”.

Os homens ter-se-ão também apropriado de 16 mil euros e vários objetos.

Nas alegações finais, o procurador do MP justificou o seu pedido de condenação, alegando que a talvez seja difícil que o tribunal entenda que os arguidos tivessem agido com a intenção de matar.

A leitura do acórdão ficou marcada para 15 de julho no Tribunal de Portimão.

Lusa