O Município de Lagos aprovou uma Moção, após ter tomado conhecimento da escala de serviço para este mês, enviada aos serviços e médicos do CHAlgarve (Portimão e Lagos), "manifestando a sua preocupação e indignação" com a situação verificada.
Segundo nota da autarquia, "analisada a escala disponibilizada, constata-se que existem muitos períodos/turnos em que está apenas um médico de serviço e outros em que não existe um sequer, situação manifestamente inaceitável e que nunca aconteceu".
A autarquia de Lagos refere que não se entende porque não contratam médicos para assegurar os serviços, e pergunta se não existe orçamento para isso, "a administração que assuma esse facto publicamente".
Quer seja em pleno agosto, num período em que o Algarve é o espelho do país, quer seja noutra altura do ano, é um atentado à saúde dos portugueses e à economia do Algarve, encerrar serviços de urgência, adianta a mesma nota.
A Câmara Municipal exige aos responsáveis, administração do CHA, ARS Algarve e Ministro da Saúde, que esta situação seja resolvida no mais breve espaço de tempo, a bem de todos os lacobrigenses e dos concelhos vizinhos das Terras do Infante e dos muitos turistas que escolhem Lagos para as suas férias.
Em face do exposto, o executivo da Câmara Municipal de Lagos, aprovou manifestar ao Governo, a sua preocupação e indignação pela qualidade da prestação de serviços de saúde que estão a ser dispensados aos utentes do Algarve e o protesto e a não aceitação do prosseguimento desta situação; exigir à Administração do CHAlgarve e à ARS Algarve medidas urgentes que promovam a normalização do funcionamento dos serviços através da disponibilização de mais profissionais de saúde, assegurando a permanência de médico no serviço de urgência do Hospital de Lagos; dar conhecimento desta moção ao Presidente da República; à Assembleia da República; aos Municípios de Vila do Bispo, Aljezur e Portimão e órgãos de comunicação social.
Foi ainda decidido pedir uma reunião urgente com o responsável do CHA e ARS Algarve.